SÓ GOZO COM QUEM DÁ

terça-feira, 30 de março de 2010

ESCALADA DOS ESPÍRITOS

Assombrosa escalada dos espíritos

Por Gabriel Priolli em 24/3/2010

Se existe vida depois da morte, não se comprova, é matéria eternamente controversa. Mas que existe imagem após a morte, não há o menor ectoplasma de dúvida. Ao contrário. Não só viceja uma produção audiovisual dedicada à paranormalidade e aos espíritos que vagam pelos caminhos do além, como essa é a tendência da hora, no cinema e televisão brasileiros. O espiritismo está no ar, pronto a encarnar nas platéias e a assombrar com seu poder de magnetizar audiências.

No próximo 12 de abril, estréia na Rede Globo a nova novela das seis, Escrito nas Estrelas. Em princípio, mais um folhetim adocicado, como os que fomentam o diabetes no horário, mas com uma característica especial: a trama de Elizabeth Jhin se passa no interior de Minas Gerais, com um jovem médico acusado de matar um colega, que descobre ter o dom de curar pessoas por meio de cirurgias espirituais – feitas justamente pelo espírito do colega, morto logo nos primeiros capítulos e fantasma residente nos restantes.

Com exceção do crime, qualquer semelhança com o médium Chico Xavier não é mera coincidência. Completa-se em 2010 o centenário do famoso cirurgião de almas mineiro e mídia que se preza não deixa passar em branco efeméride gorda como essa. A Globo, sempre atenta, cuidou de preparar o espírito da audiência desde agosto de 2009 até recentemente, quando exibiu a reprise da novela Alma Gêmea, com a temática da reencarnação, na faixa vespertina "Vale a Pena Ver de Novo".

Suspiro Final

Não por acaso, também, paira no elenco do novo folhetim extraterreno o ator Carlos Vereza, que vai se tornando o Allan Kardec do nosso écran. Em mais um papel de fantasma, ele incorpora-se à história vindo diretamente da aridez do sertão, onde deu vida ao protagonista de Bezerra de Menezes – O Diário de Um Espírito, o maior sucesso recente do cinema brasileiro fora do mainstream. Produção cearense de 2008, dirigida por Glauber Filho e Joe Pimentel, a película fez 505 mil espectadores ao custo modesto de R$ 2,7 milhões e chegou a ter 65 cópias circulando pelos cinemas do país. Para contar a vida de um médico e político nascido na atual Jaguaretama (CE), em 1831, que se tornou o principal divulgador e articulador do kardecismo no Brasil, entre sua conversão em 1887 e a morte em 1900, no Rio de Janeiro.

O mesmo idealizador dessa encarnação audiovisual bem sucedida, o empresário espírita Luiz Eduardo Girão, associou-se ao produtor e diretor Daniel Filho para tentar construir outro blockbuster paranormal. Com orçamento de R$ 10 milhões, efeitos especiais e lançamento previsto para 2 de abril – a data precisa do centenário de seu personagem – Chico Xavier promete atrair multidões ao cinema equivalentes às que acorriam a Uberaba (MG), em busca de cura para doenças ou contato com parentes falecidos. Os atores Nelson Xavier, Ângelo Antonio e Matheus Costa dão vida ao médium desencarnado em 2002 aos 92 anos, pelo qual baixaram ao plano terreno 451 livros psicografados e 10 mil cartas de mortos às suas famílias.

Junta-se à primeira linha do proselitismo espiritualista o Canal Brasil da programadora Globosat, integralmente dedicado a conteúdos nacionais. E não apenas por trazer das trevas da memória audiovisual O Estranho Mundo de Zé do Caixão, sucesso nos cinemas em 1968 agora convertido em programa semanal de TV, no adequado horário de sexta-feira à meia noite. José Mojica Marins, no seu histrionismo trash, é apenas folclórico perto dos legítimos Chico Xavier, Eurípedes Barsanulfo e Divaldo Franco, nomes reputados do sobrenatural brasileiro, cujas cinebiografias serão exibidas a partir de 3 de abril, às 18 horas, na série "Grandes Mestres Espíritas".

Essa intensa movimentação no plano da matéria audiovisual lança alguma luz sobre a mídia espírita, ramo pouco conhecido da comunicação. Nada menos que dois canais de televisão regulares – TV Mundo Maior, da Fundação Espírita André Luiz, distribuída via internet, e a pioneira TV Cei.Com, já presente também na TV paga via satélite e em operadoras de cabo de 10 cidades, além da web – propõem a conexão dos mortais com aqueles que já atingiram a eternidade, através de programas de apelo inequívoco: Alma Querida, Vida Nova, Portal de Luz, Uniluz, Seara Espírita, Evolucine, Mundo Além, Vida Além da Vida e conexos.

Igualmente na TV paga, nas operadoras Telefônica TV Digital (canal 365) e Nossa TV (canal 23), está à disposição o canal internacional Infinito, que não se dedica ao espiritismo doutrinário de seus congêneres kardecistas, mas faz do plano astral um campo de lavoura equivalente ao que Discovery, History Channel ou National Geographic cultivam nas ciências humanas e naturais. Mescla informação com entretenimento, não hesitando em apimentar a programação com um bem dosado sensacionalismo.

Mais ortodoxos, contudo, são os portais como TV Paz, VideosEspíritas.Com ou Rede Visão, que agregam farto conteúdo espiritualista e oferecem múltiplas possibilidades a quem deseja enxergar além do suspiro final. Vídeos e programas de TV, destacadamente, estão disponíveis para audiência online, via streaming, ou para download.

Ação solidária

O volume e a diversidade de veículos de comunicação espíritas ainda não rivaliza, certamente, com a produção audiovisual cristã, seja ela católica ou evangélica. No sistema de parabólicas abertas, de satélites Banda C, por exemplo, de 29 canais disponíveis ao público em todo o território nacional, 5 são religiosos, o equivalente a 17,2% da programação total. Entre eles, 80% são orientados pela igreja de Roma (Rede Vida, TV Século XXI, TV Canção Nova e TV Aparecida) e 20% pelo protestantismo (a solitária RIT-Rede Internacional de Televisão, do pastor R.R.Soares, que também aluga espaço diário no horário nobre da Rede Bandeirantes).

Já na TV a cabo, a presença religiosa é bem mais reduzida. Dos 46 canais do pacote analógico da operadora NET, apenas um (Rede Gospel) teme a Deus e leva Seu nome às alturas. Considerados 110 canais dos diversos pacotes digitais, excluindo pay-per-view, canais HD, interativos, de áudio e de serviço, o número de atrações religiosas também é ínfimo: apenas duas estações, a mesma Rede Gospel e a Rede Vida católica.

Seja como for, entre espíritas, católicos e crentes, a religião se propaga por imagens e busca converter corações aflitos em fiéis telespectadores, contribuindo para a permanência do pensamento mágico tão arraigado na consciência popular e obstruindo o avanço da razão. Na contramão desse processo intenso de doutrinação midiática, não se verifica no Brasil ainda nenhum canal de TV ou web integralmente voltado à ciência e ao culto da racionalidade. Mesmo nas emissoras educativas, ainda é modesto o tempo dedicado aos conteúdos científicos e a produção nacional na área praticamente inexiste. Darwin perde de longe a batalha para Deus, na explicação sobre origem e destino de todas as coisas.

Uma pujante mídia religiosa pode, talvez, fazer algum bem a almas atormentadas, em busca de explicação e conforto para a agonizante falta de sentido da vida. Mas, com certeza, não facilita a afirmação do pensamento crítico, questionador, investigativo, que forja a verdadeira consciência de si e do mundo, e fundamenta os direitos de cidadania. Elevar preces ao céu e cultivar fantasmas é direito democrático e constitucional, mas não constitui uma democracia mais forte. Até prova em contrário, é a ação solidária entre os homens, sem auxílio divino e neste mundo mesmo, que pode lográ-la.

BALAIO RN

PRIVATARIA DEMOTUCANA

Petroleiros denunciam programa privatista do pré-sal dos tucanos

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) alerta que “caso vença as eleições presidenciais de outubro, o PSDB, deve rever a legislação que tramita no Congresso referente ao pré-sal. Os tucanos pretendem retomar as regras do marco regulatório do petróleo elaboradas no governo Fernando Henrique Cardoso em 1997, que estabeleceu o sistema de concessão”.

A denúncia dos petroleiros é baseada nas declarações do deputado Luis Paulo Vellozo (PSDB-ES), cotado para coordenar o programa de governo de José Serra para a presidência da República, publicadas pelo jornal Valor Econômico da edição do dia 22 de março.

“Falando em nome do candidato tucano, Vellozo foi categórico ao declarar que o PSDB restabelecerá os leilões de concessão para as áreas do pré-sal, caso Serra seja eleito presidente”, destaca a FUP.

O deputado tucano ressaltou ainda que o PSDB é terminantemente contra o fortalecimento da Petrobrás e que Serra, se eleito, irá impedir a emissão de Títulos do Tesouro para a operação de capitalização da empresa.

DNA privatista

Os petroleiros destacam ainda que “José Serra já provou que seu DNA, assim como o de FHC, é privatista. Vide a entrega da CESP, maior companhia de energia elétrica do país, o desmonte do banco Nossa Caixa (que foi adquirido pelo Banco do Brasil) e a tentativa de privatização da SABESP (companhia estadual de saneamento básico)”, citando os exemplos ocorridos em São Paulo, sob a administração tucana nos últimos 15 anos.

“O patrimônio público foi dilapidado durante os oito anos do governo FHC, quando tucanos e demos promoveram a maior privataria da história do Brasil. Nosso petróleo foi entregue às multinacionais, a Petrobrás foi sucateada e só não foi privatizada porque os trabalhadores e a sociedade reagiram”, lembra a direção da FUP.

Para os petroleiros, uma possível eleição de Serra representa a entrega das reservas bilionárias do pré-sal às multinacionais. “Basta acompanhar a disputa pelo petróleo que está em curso no Congresso Nacional e ver de que lado estão os tucanos e demos”, alertam.

Eles também citaram dados publicados na coluna “Mercado Aberto” do jornal O Globo, no dia 13 de fevereiro, dando conta de que a multinacional Shell foi uma das que mais lucrou com os leilões de petróleo no Brasil e já é operadora de cinco blocos nas bacias de Campos, Espírito Santo e Santos, onde detém 100% do BM-S-54.

“Graças ao entreguismo do PSDB/DEM, a Shell tem também participação de até 40% em cinco blocos operados pela Petrobrás, além de ser operadora única em outros cinco blocos de campos de produção terrestre, na Bacia de São Francisco. Tudo isso, graças à privataria dos tucanos e demos, também conhecida como Lei 9478/97, que criou o regime de concessão do petróleo e gás brasileiros. Esse é o modelo defendido por Serra para dar continuidade à entrega dos nossos recursos às empresas privadas”, finalizam.

Com informações da FUP /VERMELHO

domingo, 28 de março de 2010

MÍDIA SAFADA

Uma operação midiática de grande escala contra o governo Lula


Desde o Brasil se denuncia que a partir da primeira quinzena de março foi lançada uma operação midiática em larga escala que aciona todos os instrumentos ao alcance da direita política e do poder econômico contrários ao presidente Lula e ao seu governo, contra a candidata presidencial Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores.

Por Niko Schvarz *

O começo dessa campanha reconcentrada já é visível nos grandes meios de comunicação quando o país se encaminha às eleições presidenciais a ser realizadas em outubro do ano em curso. Nas redações, o bombardeio midiático é conhecido pelo nome de "Tempestade no Cerrado", que, de algum modo, evoca, devido à sua localização geográfica, ao Palácio do Planalto, sede do governo. A expressão recorda a "Tempestade no deserto" da primeira invasão ao Iraque, em fevereiro de 1991, dirigida pelo general Norman Schwarzkopf, que produziu 70 mil vítimas.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, de O Estado de São Paulo e da Folha de São Paulo é de disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas contra esse triplo objetivo (que, na realidade, é um só), para provocar uma onda de fogo tão intensa que torne impossível ao governo e ao PT responder pontualmente às denúncias e provocações.

A cartilha é a seguinte:

1) Manter permanentemente uma denúncia, qualquer que seja, contra o governo Lula nos portais informativos na Internet;

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas e utilizar fotos que ridicularizem ao presidente e à candidata;

3) Ressuscitar o caso do mensalão de 2005 e explorá-lo ao máximo e, ao mesmo tempo, associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã;

4) Elevar o tom dos editoriais;

5) Provocar ao governo de modo que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de censura;

6) Selecionar dados supostamente negativos da economia e apresentá-los isolados de seu contexto;

7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com os promotores cooptados;

8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos redatores.

Uma estratégia midiática tucana foi traçada por Drew Westen, um cidadão estadunidense que se apresenta como neurocientista e presta serviços de cunho eleitoral, sendo autor de The Political Brain (O cérebro político) que, segundo dizem, é o livro de cabeceira de José Serra, governador de São Paulo e próximo candidato presidencial do PSDB. A adaptação do projeto corre por conta de Alberto Carlos Almeida, autor dos livros "Por que Lula" e "A cabeça do brasileiro", que atua como politólogo e foi contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo

A denúncia é recheada de exemplos concretos, reveladores de que essa tática já está sendo aplicada nos diários e, rapidamente, chega à Internet. Se referem às falsificações numéricas (em vários casos, de enormes dimensões) para ocultar ou inverter os bons resultados da política econômica e social do governo em matéria de infraestrutura em todo o país, na construção de habitações e no combate da inflação.

Uma campanha especial toma como eixo a Dilma Rousseff e seu "passado terrorista", dizendo que, além de assaltar bancos, tinha prazer em torturar e matar bons pais de família. Também colocam em cena a um filho de Lula. Isto é: a clássica campanha de tergiversações e calúnias; porém, nesse caso, agigantada em suas proporções e na somatória de meios postos à disposição que, sem dúvida, se irão incrementando e subindo o tom à medida que nos aproximemos a outubro.

O leitor poderá apreciar também até que ponto campanhas similares a esta em sua essência vêm sendo realizadas agora mesmo contra governos de esquerda do continente, como acontece com Cuba, Venezuela ou Bolívia, entre outros.

No caso do Brasil, a operação tende a impactar a ascensão da campanha eleitoral por Dilma Rousseff, que reduziu consideravelmente a vantagem inicial de Serra e continua subindo enquanto este desde até situar-se em virtual situação de empate técnico. Também correm a seu favor a notável projeção internacional da política do presidente Lula, expressada estes dias em seu compromisso direto e no terreno para a solução do problema palestino-israelense; bem como seus êxitos internamente. O orçamento da educação foi triplicado em 8 anos, passando de 17,4 bilhões de reais, em 2003, para 51 bilhões, destinando-se grande parte do aumento do PIB para a educação básica; e fevereiro registrou um recorde de 209.425 novos empregos formais, cifra que chega a 390.844 no primeiro bimestre do ano de 2010.

* Jornalista uruguaio que escreve regularmente no matutino La República, o texto foi publicado e traduzido por Adital

quinta-feira, 25 de março de 2010

BOLSA FAMILIA



Quem tem direito ao benefício federal


# O Bolsa Família é o principal programa de transferência de renda do governo federal.


No último ano, o teto da renda máxima por pessoa das famílias que podem receber o benefício foi ampliado, passando de R$ 120 para R$ 140. Com isso, o programa deve alcançar 12,9 milhões de famílias até o fim deste ano.


# O programa é destinado exclusivamente a pessoas em situação de pobreza, com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140, e de extrema pobreza. Para receberem essa classificação, as famílias devem contar com até R$ 70 por pessoa por mês.


# Os beneficiados são inseridos pelo município no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal. Um cruzamento de informações é feito e as famílias beneficiadas são selecionadas automaticamente.


# A renda da família é calculada a partir da soma do dinheiro que todas as pessoas da casa ganham por mês, sendo contabilizados salários e aposentadorias. O valor total é dividido pelo número de pessoas que vivem na casa, obtendo assim a renda per capita.


# As famílias que possuem renda mensal entre R$ 70,01 e R$ 140,00 só entram no programa se possuírem crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos. Já as famílias com renda mensal de até R$ 70,00 por pessoa podem participar do Bolsa Família independentemente da idade dos componentes da família..Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social

Se você sabe de algum caso de ganho indevido DENUNCIE. É ROUBO!!!!

QUE BRASIL DESEJAMOS

Que tipo de Estado você quer no Brasil?

Estamos entrando em ano eleitoral. Presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais serão escolhidos pelo povo. E uma das maiores novidades é a ausência de Luis Inácio Lula da Silva como candidato a presidente, desde a redemocratização.

O que você, eleitor, considera importante para entregar seu voto a este ou àquele candidato? Sua trajetória pessoal? O que já realizou em sua vida pública? O partido a que ele pertence? O projeto de país que ele representa?

Quando falamos em projeto de país, me refiro especificamente ao tamanho que o Estado deve ter na vida do cidadão. É melhor um estado liberal, que se limita a basicamente prover segurança (ou seja, tem o monopólio do uso da violência), educação básica e saúde idem, deixando que o mercado atue e regule as demais áreas (energia, telecomunicações, transporte público, ensino superior, etc)? Ou seja, que privatiza e entrega aos empresários, sejam eles brasileiros ou estrangeiros, a maioria das estatais. Ou será melhor para o Brasil um Estado mais forte, social-democrata, que regula a economia e os movimentos do capital especulativo, que coloca as estatais para investir e auxiliar o crescimento da economia do país, que tem programas sociais que garantem a vida e a dignidade dos desfavorecidos em uma sociedade brutalmente desigual?

Existem defensores de ambos os lados, prontos a enaltecer o modelo que julgam melhor e a apontar os defeitos da tese contrária. Do lado dos liberais, apontam que um Estado interventor se mete demais na vida dos cidadãos, limita as liberdades individuais, é ineficiente já que funcionários públicos tendem ao comodismo pela estabilidade do cargo e que se deve deixar a sociedade livre para decidir seus rumos, pois o mercado tenderia a um equilíbrio que distribuiria a renda para não permitir que a sociedade convulsionasse.

Já o estado social-democrata regularia os entes econômicos, imporia taxas e limites, garantiria toda uma rede de assistência social aos mais pobres e legislaria mais em questões de liberdade individual. E coloca que o Estado Liberal prejudica a maioria da população, visto que os donos dos meios de produção teriam mais poder e liberdade para explorar sua mão de obra e impor baixos salários àqueles que vendem sua mão de obra para sobreviver.

No Brasil, tivemos as duas experiências, muito recentes. O Estado Liberal, colocado em funcionamento durante os oito anos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que curiosamente significa Partido da Social Democracia Brasileira, onde observamos o desmonte do Estado, a venda de estatais importantes como a Vale do Rio Doce e o sistema de telecomunicações e a venda de bancos públicos, como o Banespa, durante o governo tucano de Mário Covas. No bojo dos diversos ajustes e empréstimos do FMI, esse governo se comprometeu com um duro ajuste fiscal, arrochando salários do funcionalismo público e cortando gastos e investimentos, para produzir altos superávits fiscais e pagar os juros da dívida pública e externa crescentes.

O que se viu foram anos de estagnação econômica, aumento do desemprego, aumentos de salário mínimo de R$12,00, crises e mais crises, especialmente quando vinha algum sopro externo, como as crises da Rússia, do México e dos Tigres Asiáticos.

Em andamento, temos o projeto Social Democrata, liderado pelo Presidente Lula desde 2003. Alguns itens da política macroeconômica do governo anterior foram mantidos, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, superavit fiscal, metas de inflação. Mas o papel do Estado voltou a ser valorizado como indutor do crescimento e da distribuição de renda, com os programas sociais de transferência de renda, valorização do salário mínimo e criação de milhões de empregos. O papel do estado é fundamental para fazer funcionar esse círculo virtuoso.

Uma grande obra, como são as obras do PAC, movimentam toda a economia do país. Para construir uma ponte, por exemplo, temos a criação direta de algumas centenas de empregos no canteiro de obras e se mobiliza toda a cadeia de produção de cimento e ferragem, criando ainda mais empregos indiretos. Todos esses trabalhadores atingidos com emprego e renda nessa cadeia vão consumir mais e movimentar outros pontos da economia, beneficiando o empresariado, que irão produzir e vender mais produtos, e mais ainda os trabalhadores, com a criação de mais empregos. Fiquemos com esse exemplo simples mas que representa bem o ponto onde quero chegar.

Você, leitor, vê debates desse nível nos noticiários da televisão? Ou nos jornais? Ou nas revistas? Me refiro ao debate honesto, com espaço semelhante para ambas as correntes defenderem seus pontos de vista, e não ao que faz a revista Veja, por exemplo, que é liberal, e tem todo direito de se-lo, mas que censura opiniões contrárias, quando não fazem pior e deturpam essas opiniões contrárias. A grande questão é que o veículo de comunicação tem o seu lado, mas quer fazer crer aos incautos que é plural e acolhe opiniões diversas.

Fiz a pergunta acima porquê esse é ponto principal para se escolher um candidato em que votar. Que tipo de Estado você considera ideal para o desenvolvimento do país? A partir dessa premissa básica, a busca vai se refinando, pois ambas correntes tem suas nuances e particularidades. Definido o projeto de Estado, vem a identificação dos partidos que defendem essa bandeira.

No Brasil, do lado do Estado Liberal, temos PSDB (a despeito da sua nomenclatura), o Democratas, que é o ex-PFL (Partido da Frente Liberal) e a antiga Arena, que sustentou a ditadura militar, e o PPS, também a despeito de sua nomenclatura (Partido Popular Socialista) e alguns outros nanicos.

Do lado Social Democrata, temos o PT, PDT, PSB e PC do B, que defendem esse Estado mais presente e no caso de PSB e PC do B são partidos que pretendem chegar a um Estado socialista, mas dentro das regras democráticas, o que certamente demanda bastante tempo e maturação de seus projetos no seio da sociedade.

Dentro de cada partido tivemos políticos associados a casos de corrupção e desvios de dinheiro público por parte de seus membros, o que obviamente deve ser investigado pela justiça e os eventuais culpados condenados a penas previstas em lei. Tudo isso para dizer que não devemos cair na fácil tentação de tomar a parte pelo todo e condenar um partido político pela má conduta de alguns de seus membros, coisa que a imprensa induz diuturnamente (futuramente, cabe um texto para analisar o papel da imprensa no jogo político, pois só relei quando citei a Veja). Em outro texto futuro também pretendo falar de como o sistema político eleitoral leva os partidos a esses desvios de dinheiro e os motivos de não se investir de verdade na mudança desse sistema.

Como puderam perceber ao longo do texto, eu tenho o rumo que desejo para o país bem definido. É o lado do PC do B, PT, PSB e PDT. E dentro desses partidos irei procurar meus candidatos para a eleição de outubro, sem maiores medos de equívoco ou arrependimento.

Definido, pois, o Estado que se quer para o Brasil, identifique os partidos que comungam da sua visão. Estude as diferenças entre eles, o que lhe agrada e desagrada em cada um. Investigue então a trajetória do político que esta dentro do seu campo. De onde ele veio? Qual sua profissão e formação? Já exerceu cargos públicos? Quantas e quais eleições disputou? Se existem processos na justiça contra ele. Qual é a religião dele, se isso fizer diferença pra você.

Assim, você, eleitor, não será facilmente ludibriado por falsas promessas e obras grandiloquentes e demagogias baratas. Você estará votando de forma consciente nos rumos que deseja para o seu país. Nossa democracia agradece.


Por Edgar Ap. Borges Júnior

segunda-feira, 22 de março de 2010

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

HISTÓRIA - No dia 22 de março de 1992, a ONU divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. O texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas - um dia destinado à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Apenas 0,008 % do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. O Dia Mundial da Água tem como objetivo principal criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

O simples ato de abrir uma torneira exige muito mais atenção que aquela que voce imagina. Basta refletir no fato de que a água que acabou de usar só voltará a estar disponível após percorrer de novo um longo caminho no ciclo hidrológico...
Poupar água é não desperdiça-la nos consumos inúteis a que muitos se foram habituando ao longo dos anos. Para poupar, consumindo apenas a quantidade que realmente se necessita na atividade diária, é essencial para corrigir os maus hábitos.



sábado, 20 de março de 2010

GRIPE SUÍNA

GRIPE SUÍNA, VACINAR OU NÃO?

Por Conceição Lemes

Para a Fundação Oswaldo Cruz, (Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Sociedade Brasileira de Infectologia, a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, entre dezenas de instituições médicas e de saúde coletiva de peso no país, a resposta é sim.

A saúde pública do Brasil tem um grande desafio nos próximos três meses: vacinar pelo menos 80% das 91 milhões de pessoas que devem ser imunizadas contra a influenza A (H1N1), ou gripe A, mais conhecida como gripe suína. A vacinação acontecerá simultaneamente em todo o território nacional.

“Prioritariamente o objetivo é proteger os profissionais de saúde e alguns grupos que têm maior risco de desenvolver a forma grave da doença ou evoluir para o óbito durante a segunda onda da pandemia da gripe A”, explica o médico epidemiologista Eduardo Hage Carmo, diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. “A segunda onda acontecerá no inverno.”

Os grupos com maior risco de desenvolver a forma grave de gripe suína são:

* Gestantes

* Indígenas que vivem em aldeias

* Portadores de doenças crônicas, independentemente da idade

* Crianças de 6 meses a 2 anos de idade

* Pessoas de 20 a 39 anos

Se você está em uma dessas situações ou é profissional da área de saúde, o Ministério da Saúde recomenda que se vacine. A vacinação será feita em cinco etapas, de acordo com os grupos, como mostra o calendário abaixo.




MINISTÉRIO DA SAÚDE ESCLARECE AS DÚVIDAS FREQUENTES

Preocupado em informar ao máximo a população, o MS selecionou as dúvidas mais freqüentes nos serviços públicos de saúde e no seu Disque Saúde (0800 611997). A equipe técnica do próprio ministério é quem as respondeu.

O que é influenza A, ou gripe suína?

É uma doença respiratória contagiosa causada pelo vírus A (H1N1). Assim como a gripe comum, a influenza A é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro e contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas podem aparecer 7 a 14 dias após a pessoa infectar-se pelo novo vírus.

Qual a diferença entre a gripe comum e a suína?

Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, ao apresentar esses sintomas, procure o seu médico ou um posto de saúde.

O virus da gripe é mais violento do que o da gripe comum? Qual mata mais?

Inicialmente, acreditava-se que o vírus A (H1N1) fosse mais patogênico do que o da gripe sazonal, comum. Porém, até o momento, ele não demonstrou ser mais violento ou mais mortal na população geral. A maioria das pessoas desenvolve a forma leve da doença e se recupera sem uso de medicamentos. Assim como na gripe comum, portadores de doenças crônicas, gestantes e crianças com menos de 2 anos são os mais vulneráveis. A principal diferença é que o vírus da gripe A tem potencial maior de causar doença grave em pessoas saudáveis de 20 a 39 anos. Em compensação, tem afetado menos as com mais de 60 anos.

Por que não vacinar toda a população?

A vacinação em massa não tem sentido por um motivo bem simples: a contenção de segunda onda da pandemia de gripe A não é mais possível em todo o mundo.

Que critérios o Ministério da Saúde utilizou para selecionar os grupos prioritários para a vacinação? Esses grupos são os mais afetados ou os que têm maior risco?

Comecemos pelos trabalhadores da saúde. Eles precisam estar protegidos, pois são os que garantirão o funcionamento ininterrupto dos serviços de pronto-atendimento, vigilância em saúde, laboratório. Deles dependem todos os serviços de combate à pandemia de gripe A – da vacinação ao diagnóstico e tratamento. Não se pode correr o risco de colapso dessas atividades essenciais.

Os indígenas aldeados por dois motivos: são mais vulneráveis a infecções e têm maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares, caso necessitem.

Os demais grupos prioritários são aqueles que, na primeira onda da pandemia, tiveram mais frequentemente a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que é a forma grave da influenza A. Por exemplo, entre as mulheres em idade fértil que apresentaram SRAG em 2009 devido à gripe A, 22% eram gestantes. Os jovens de 20 a 29 anos foram o grupo etário mais afetado: representam 24% do total de casos de SRAG por influenza A em 2009. Entre os adultos de 30 e 39 anos, ocorreu a maior taxa de mortalidade: 22% do total de óbitos.

Todos os trabalhadores da área de saúde precisam se vacinar?

Não. Apenas aqueles estão na rede de serviços, atendendo diretamente a população. Ou seja, aqueles que, em razão das suas funções, têm risco potencial de contrair a infecção pelo H1N1 no contato com possíveis suspeitos da doença. Portanto, devem se vacinar os trabalhadores da atenção básica (postos de saúde e programa de saúde da família), dos serviços de média e alta complexidade (pequeno, médio e grande porte) e aqueles que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratório.

É importante que todos os trabalhadores da área de saúde informem-se nos seus serviços e na Secretaria Municipal ou na Secretaria Estadual de Saúde para conhecer os detalhes da vacinação, já que a imunização não será feita em 100%.

E a população indígena que vive em aldeias será 100% vacinada?

A partir dos 6 meses de idade, sim, devido à maior vulnerabilidade a infecções.

Por que vacinar portadores de doenças crônicas?

Devido às doenças crônicas eles já são naturalmente mais vulneráveis a infecções. E a maior vulnerabilidade aumenta a probabilidade de quadros de maior gravidade e óbito. Na pandemia de 2009, observou-se um alto percentual de pessoas com doenças crônicas entre os casos de SRAG.

Quem pode ser considerado portador de doença crônica?

A lista é grande. Estão nesse grupo, por exemplo:

* Pessoas com obesidade grau III, antigamente chamada obesidade mórbida, independentemente da idade.

* Pessoas com doenças renais, pulmonares, cardiovasculares, hepáticas e hematológicas crônicas

* Imunodeprimidos devido ao uso de certos medicamentos (por exemplo, contra rejeição de transplantes, cortiscosteróides e antineoplásicos) e de algumas doenças (como câncer e aids).

* Diabéticos.

E os idosos por que não estão entre os grupos prioritários?

Porque a influenza A afeta menos as pessoas com mais de 60 anos. Porém, se o idoso tiver alguma doença crônica, deverá ser vacinado contra a gripe suína. A vacina será feita durante a campanha anual de vacinação do idoso contra a gripe comum, de 24 de abril a 7 de maio. Portanto, o idoso com doenças crônicas tomará duas vacinas: contra a influenza A e contra a gripe comum.

O fato de as pessoas terem doenças crônicas não aumenta o risco de efeitos colaterais da vacina?

Não. A possibilidade de ocorrer um evento adverso após a administração da vacina em pessoas com doença crônica é a mesma de qualquer outra pessoa.

Por que as crianças com menos de 6 meses não estão incluídas nos grupos prioritários? Há alguma contraindicação?

É que não está comprovado que nessa faixa etária a vacina garante proteção.

Por que vacinar as grávidas contra a gripe suína se normalmente não são vacinadas contra a gripe comum?

Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes contra a gripe comum. Acontece que as campanhas anuais priorizam a população de maior risco – a população de 60 anos ou mais. Já em relação à influenza A as gestantes são consideradas como grupo de risco. Relembramos que, em 2009, entre as mulheres em idade fértil que apresentaram a forma grave da gripe A, 22% eram gestantes.

A vacina não oferece risco à grávida? E ao feto? Há risco de aborto?

Não há risco em vacinar grávidas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os laboratórios produtores, a vacina contra o vírus influenza A H1N1 é segura para a gestante. Também não há evidências de que possa causar aborto ou afetar o feto.

A grávida pode se vacinar em qualquer fase da gestação?

Sim, pois será utilizada para as gestantes a vacina que não contém o adjuvante. Com base na experiência de outros países que estão vacinando desde novembro de 2009, a OMS e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) orienta o uso da vacina com ou sem adjuvante. Porém, por cautela, a orientação do Ministério é utilizar em grávidas somente a vacina sem adjuvante.

Suponhamos que a mulher só se descubra grávida depois de 21 de maio. Ela poderá se vacinar, mesmo após o término da campanha de vacinação contra a gripe A?

As mulheres que se descobrirem grávidas ou engravidarem depois de 21 de maio poderão se vacinar depois, sim.

A vacina que será utilizada no Brasil é segura?

Sim. Ela já está em uso em outros países. Até o momento não foi observado neles a relação entre o uso da vacina e a ocorrência de efeitos adversos graves.A segurança da vacinação, porém, não depende apenas do imunizante. Está relacionada também à: 1) utilização de seringas e agulhas apropriadas; 2) adoção de procedimentos seguros no manuseio, no preparo e na administração da vacina, conforme normas técnicas estabelecidas; 3) conservação da vacina na temperatura adequada, conforme preconizado; qualidade da capacitação do pessoal envolvido, bem como da supervisão ao trabalho de vacinação. É fundamental, no entanto, o monitoramento de eventos adversos associados temporalmente à vacinação, para investigá-los.

Qual a eficácia da vacina a ser utilizada no Brasil?

Em média, acima de 95%. Proteção máxima é alcançada entre 14º e 21º dia após a vacinação.

A vacina que será utilizada no Brasil é inalável ou injetável?

Injetável, administrada por via intramuscular.

Qual a incidência de efeitos colaterais da vacina?

A grande maioria apresenta os mesmos da vacina contra a gripe em idosos, são reações leves: dor local, febre baixa, dores musculares, que se resolvem em torno de 48 horas.

Tudo bem tomar a vacina em clínica particular?

A vacina vai estar disponível em toda a rede pública de saúde do Brasil. Mas se você preferir vacinar-se em clínica particular, não há nenhum problema. O Ministério da Saúde não impôs nenhum obstáculo para o setor privado adquirir vacina contra a gripe A. O que pode ocorrer é não haver o produto disponível; isso dependerá da capacidade de fornecimento dos laboratórios produtores.

Se eu me vacinar contra a gripe comum estarei protegida contra a gripe A?

Não. Portanto, se faz parte dos grupos prioritários deverá se vacinar também contra a gripe A.

Supondo que eu faça parte dos grupos prioritários e não queira me vacinar, e aí?A vacina é obrigatória?

De modo algum, a vacina contra a gripe A é compulsória. Nós, enquanto Ministério da Saúde, apenas recomendamos o que do ponto de vista de saúde pública julgamos necessário. A decisão é individual. Questão de livre arbítrio. Mas antes de decidir, reflita bem. Nós esperamos que você espontânea e conscientemente se imunize, caso faça dos grupos prioritários.

O vírus da gripe suína, como já dissemos, é transmitido da mesma forma que o da gripe sazonal: por gotículas que são expelidas quando a pessoa infectada fala, espirra ou tosse. E as medidas de prevenção são as mesmas para o controle e prevenção da gripe sazonal e de outras doenças respiratórias.Por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, principalmente as individuais, pois evitam que uma pessoa doente transmita o vírus para outra. Questão de respeito com a saúde do outro:

* Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar; é para evitar que gotículas atinjam os que estão próximos.

* Lave frequentemente as mãos com água e sabonete. Faça isso, pelo menos: depois de tossir ou espirrar. Após usar o banheiro; antes de comer; e antes de tocar os olhos, boca e nariz

* Evite compartilhar pratos, talheres e alimentos.

* Evite colocar as mãos nos olhos, nariz ou boca após pegar mexer com dinheiro, pegar produtos no supermercado ou ter contato com superfícies que não estejam devidamente higienizadas.

* Procure ter hábitos saudáveis, como alimentação adequada, ingestão de líquidos e atividade física.

Afinal de contas, quanto mais prevenção mais proteção.

sexta-feira, 19 de março de 2010

FRANÇOIS SILVESTRE


Dispenso apresentação;
Eu não sou nada!

No meio de tantos que se acham tanta coisa.
Não canto palmeiras nem jangadas.
Desafinado ainda procuro a oitava nota.

Escritor pequeno - de insignificante literatura.
Saio caçando leitor.
No singular.
E me divirto no meio das luzes de poucas velas.
Que o tempo vai apagando antes do tempo.

Vento cruel, apagador de vaidades.
Ao soprar nos becos os restos mortais dos Poetas e gênios da Cidade.

Ele me faz lembrar que sou planície.
O mar não tem elevações.

Só nos maremotos e tempestades.
No sossego ele é reto.
Liso e monótono.

Gosto das montanhas!
Foi assim que as pequenas serras se fizeram.
Para os meus olhos de criança.

O mar só muda de contorno.
Das suas praias.

Cada momento tem um azul diferente.
Um sertão de vários cinzas.
Um movimento sensual de nuvens.
Fazendo sexo no céu.
Hermafroditas e promíscuas.

Num lugar onde só morassem ciganos, políticos, chefes de igreja e donos de jornais ninguém sobreviveria. Pois não haveria ninguém pra ser enganado ...

... A memória é o olho do recluso. A janela do trem imóvel. Só ela passa. Só ela corre. Tudo se mostra no palco da memória. Ela inventa cores. Imita sons. Desenha personagens num incansável palimpsesto. Apaga e faz de novo. Por ar no nariz, claro na retina, sangue no coração. Memória não é lembrança. Lembrar é domínio do acaso. Sem controle. Lembrar tem a ver com afeto ou interesse. Memória, não. A memória é um prêmio e um castigo.
 
NAS MELHORES LIVRARIAS

quinta-feira, 18 de março de 2010

MISS RN 2010



Joyce Christiny Oliveira
Miss Serrinha dos Pintos

PARABÉNS


DILMA CRESCE

Dilma cresce e Serra não vai nada bem



A tendência de crescimento da ministra Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto mostra-se mais consistente a cada aferição. O levantamento do Ibope, divulgado nesta quarta-feira, mostra a candidata com 30% das intenções de voto contra 35% de José Serra. Dilma cresceu 13 pontos, enquanto Serra caiu 3 na comparação com a pesquisa Ibope de novembro.


Mas este não é, na minha opinião, o principal dado deste levantamento. O mais significativo são as intenções de voto espontâneas, ou seja, o entrevistador chega e antes de qualquer outra pergunta questiona: Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para presidente?, ou algo mais ou menos assim. Nestas condições, Dilma Rousseff tem 14% das intenções de voto, enquanto José Serra aparece em segundo lugar, com 10%.


Porque isso é importante? Porque este voto é, talvez, o mais consolidado, o que tem menos volatilidade. Há pouco mais de 7 meses da eleição, o eleitor que respondeu essa pergunta de bate pronto já está com sua decisão tomada.


Este dado, ao lado de outros resultados da pesquisa, mostra que o potencial de crescimento da ministra Dilma Rousseff é bem maior que o do governador paulista.


Vejamos:

O pré-candidato mais conhecido da população, segundo o Ibope, é José Serra, com 65% dos entrevistados dizendo que o conhecem bem ou “mais ou menos”. Não é para menos. Serra é figura pública há muitas décadas, já exerceu vários cargos executivos e foi candidato à presidente da República na última eleição.


Dilma, ao contrário, tem menos estrada que Serra, mas seu nível de conhecimento tem crescido bastante, passando de 32% na última pesquisa para 44%. Natural, portanto, que sua rejeição tenha despencado, afinal, costuma-se rejeitar aquilo que não se conhece. Assim, os índices de rejeição à Dilma caíram de 41% em dezembro para 27% em março. A permanecer a tendência de maior exposição da ministra, com ampliação do seu conhecimento, pode-se esperar que essa rejeição continue caindo para números menores que a rejeição de José Serra.


Tudo isso somado à intenção majoritária do eleitorado brasileiro em votar num candidato ou candidata apoiado pelo atual presidente, Lula, as possibilidades de Dilma aumentam ainda mais. O levantamento do Ibope mostra que 53% dos entrevistados se dizem inclinados a votar em alguém que tenha o apoio de Lula.

Acontece que 42% dos entrevistados não souberam responder quem é o candidato apoiado pelo presidente. Olha ai mais uma avenida de possibilidades para o crescimento de Dilma.


Ao contrário, apenas 10% declararam que vão destinar seus votos a um candidato de oposição. Com este dado, Serra vai ter que rebolar para construir o seu discurso…


Todos esses dados estão circunscritos a uma conjuntura política extremamente favorável ao governo. Este levantamento registrou o recorde para a avaliação positiva do governo do presidente Lula: 75% consideram o governo Lula “ótimo” ou “bom”, enquanto 5% afirmam que é “ruim” ou “péssimo”. Há três meses, esses percentuais correspondiam, respectivamente, a 72% e 6%. A aprovação ao presidente também está nas nuvens, 83% aprovam a forma como Lula governa o país e 13% desaprovam.
 
Fonte: Renata Mielli.

quarta-feira, 17 de março de 2010

TRATAMENTO FORA DE DOMICÍLIO

TRATAMENTO FORA DE DOMICÍLIO


O TFD é um direito do usuário do SUS, "instituído pela Portaria nº 55 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde; é um instrumento legal que visa a garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas. O TFD dá uma ajuda de custo ao paciente e, em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica a unidades de saúde de outro município ou Estado da federação, quando esgotados todos os meios de tratamento no local em que reside, desde que haja possibilidade de cura total ou parcial, limitado ao período estritamente necessário ao tratamento e aos recursos orçamentários existentes. Destina-se a quem necessita de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva".



Quem precisa de tratamento que não existe onde mora tem direito a um TFD, que deve ser solicitado a quem fez a indicação do tratamento e protocolado na Secretaria Municipal de Saúde. Muitas prefeituras não informam a existência do direito e até proíbem seus médicos de indicarem o TFD!

EXIJA SEUS DIREITOS

NÃO É FAVOR NÃO!!!

domingo, 14 de março de 2010

TEMPESTADE NO CERRADO Mauro Carrara

Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer? - por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia... O PSDB é uma mídia com partido).


“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4) Elevar o tom de voz nos editoriais.

5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.


QUEM  ESTÁ POR TRÁS


Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.


É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O CONTEÚDO

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.


Crimes anônimos na Internet


Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.


O QUE FAZER

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.


A GUERRA COMEÇOU

NÃO SEJA UM DESERTOR.