SÓ GOZO COM QUEM DÁ

domingo, 27 de junho de 2010

BICICLETA

VOCÊ SABIA?


COMO SURGIRAM AS BICICLETAS?

PRIMEIROS PASSOS

O primeiro passo no processo de evolução da bicicleta ocorreu em 1816. Nesse ano, o barão alemão Karl Friederich von Drais adaptou uma direção ao Celerífero. Junto com o primeiro guidão, apareceu a "Draisiana", bicicleta que von Drais usou para percorrer o trajeto entre Beaun e Dijon, na França, à velocidade média de 15 km/h, o primeiro "recorde ciclístico". Os modelos de Drais se caracterizavam por uma série de acessórios.

Mas foi em 1820 que deu-se o grande passo da história ciclística: o escocês Kikpatrick McMillan adapta ao eixo traseiro duas bielas, ligadas por barras de ferro. Estas duas barras tinham a função de um pistão, eram acionadas pelos pés, o que provoca a avanço da roda traseira. O primeiro pedal, no entanto, surgiu em 1855, inventado pelo francês Ernest Michaux, que o instalou num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira; os pedais eram ligados à roda dianteira e o invento ficou conhecido como "Velocípede".

PROGRESSO

Com o crescimento do número de entusiastas, as autoridades, de Paris principalmente, por volta de 1862, são obrigadas a criar caminhos especiais para os velocípedes nos parques, para que se não se misturassem com charretes e carroças. Surgiram, assim, as primeiras ciclovias, no mesmo ano em que é divulgada a primeira estatística: Ernest Michaux consegue fabricar 142 unidades em 12 meses.

HISTORIA

Estas são as principais datas da história da bicicleta:

1790 – O conde francês Mede de Sivrac idealiza o celerífero, derivado das palavras latinas celer (rápido) e fero (transporte).

1816 – O barão alemão Karl Friedrick Christian Ludwing van Sauerbroun Drais, nascido em Baden, instala o guidão no "celerífero" e cria a "draisiana".

1818 – A 5 de abril, o barão Drais apresenta seu invento no Parque de Luxemburgo, em Paris, e meses mais tarde faz o trajeto Beaum-Dijon na velocidade média de 15 km/h.

1820 Draisiana Infantil (primeira infantil do Mundo)

1840 – O escocês Kirkpatrick McMillan adapta duas bielas ao eixo da roda traseira, que serviam como pedias. No entanto, havia desconforto na pedalada e dificuldade de equilíbrio.

1855 – O francês Ernest Michaux e seu filho, de apenas 14 anos de idade, adaptam pedais à roda dianteira do velocípede, veículo que tinha como grande problema o elevado peso de 45 quilos.

1868 1ª Prova masculina com biciclos, vencida pelo inglês James Moore, Parque Saint' Cloud Paris. 1ª Prova Feminina, ocorrida no parque Bordelais, em Paris, no dia 1º de novembro.

1875 – Nasce a primeira fábrica de bicicletas do mundo, a Companhia Michaux, com 200 operários, que fabricavam cerca de 140 bicicletas por ano. Cada uma era vendida, na época por um exorbitante: 450 francos.

1877 – Rouseau apresenta um dispositivo que por meio de duas correntes multiplicava o giro da roda dianteira.

1880 – Vicent, parisiense, constrói a primeira bicicleta com transmissão aplicada ao cubo da roda traseira.

1884 – Ano cheio de acontecimentos. Na Inglaterra, Thomas Humbert inventa o quadro de quatro tubos, utilizando caixas de centro com esferas. Na Itália, o plano esportivo vai se desenvolvendo. Veloce Club de Firenze organiza a primeira corrida de bicicletas, no dia 2 de fevereiro, num circuito de 33 quilômetros. Um jovem de apenas 16 anos, van Heste Rynner, é o vencedor.

1885 – Giusepe Pasta vence a I Volta dos Bastiones, realizada em Milão, cobrindo os 11 quilómetros em 37 minutos. Nessa época, os intelectuais comentavam ser a bicicleta "mais sedutora que uma mulher".

1887 - Invenção do pneu, James Boyd Dunlop, Irlanda.

1891 - O francês Michelin lança o pneu desmontável.

1895 – No dia 9 de outubro toda a cidade de Milão aplaude a chegada de Raffaelle Gatti, que retorna do "Tour do Círculo Polar Ártico".

A partir daí, sucessivas modificações técnicas foram introduzidas na bicicleta, tais como câmbio, roda livre e tubular.

A roda livre foi criada para oferecer maior conforto ao ciclista em ação, permitindo interromper a pedalada especialmente em descidas, em trajetos com vento a favor e em alguns momentos de calma na corrida.

O tubular é constituído por um invólucro de borracha e tela de Nylon ou seda, em forma de tripa, com uma câmara de ar em seu interior e uma válvula. Esse conjunto é costurado na parte interna e protegido por uma faixa de Tecido de Algodão.

O câmbio velocidade, permite o aproveitamento de várias engrenagens e com isso imprimir maiores velocidades. É a última que aperfeiçoou tecnicamente a bicicleta e o fator mais importante desse progresso técnico.

Dessa forma, até os nossos dias, a bicicleta vem sendo aperfeiçoada, em relação aos materiais empregados, aos vários tipos relacionados com as modalidades, etc.

Unidos pela bike – Nasceu assim, o que imediatamente foi chamado: Ciclismo: "A máquina, que unida à maravilhosa natureza do homem ganha tempo e espaço".

Foi a Inglaterra, o primeiro país que promoveu uma regulamentação ciclística, criando o "Bicicle Union". Na Itália, a legislação sobre o ciclismo surgiu 5 anos mais tarde, com a criação da União Velocipedista Italiana.

Em 1892 na Europa foi constituída a Internacional Cyclist Association e teve sua sede em Londres, agrupando as Federações Nacionais, dos Estados Unidos, Bélgica, França, Canadá, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Itália. Um dos primeiros atos da ICA, foi a criação dos primeiros campeonatos do Mundo, substituindo as provas até então promovidas por entidades particulares.

Porém, somente em 1886, graças a alguns ingleses, foram organizados os primeiros campeonatos mundiais, com boa consistência e organização mais séria, na cidade de Leicester. Em 1893 devido a uma polêmica com os órgãos italianos, se fez nascer a atual UCI, União Ciclística Internacional.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

SOBE E DESCE

Não dá pra segurar. Ibope: Dilma 40% x Serra 35%


O Ibope, enfim, chegou lá. Depois de manobras de contorcionismo para negar a vantagem de Dilma, já apontada por outras sondagens, o instituto finalmente teve que se curvar às evidências.

Na pesquisa CNI-Ibope que acaba de ser divulgada, Dilma Roussef aparece com 40% das intenções de voto para Presidente, contra 35% de José Serra e 9% de Marina Silva. Na última pesquisa, divulgada no último dia 5, havia empate de 37% entre os dois candidatos, embora tudo já indicasse que Dilma estivesse na dianteira.

A pesquisa foi feita de 20 a 22 desse mês em 141 municípios com 2.002 eleitores, depois que Serra, ferindo a lei, apareceu como estrela principal nos programas do DEM e do PPS. O programa partidário do PSDB também contribuiu para uma maior exposição de Serra, mas nada disso teve efeito.

O Ibope já sabia muito bem do crescimento de Dilma e isso vinha levando seu presidente Carlos Augusto Montenegro a mudar de opinião constantemente. Ele, que já havia dito que Lula não faria seu sucessor e que Serra era o favorito, teve que amenizar o discurso e reconhecer no início desse mês que a eleição poderia ser decidida no primeiro turno, a favor de Dilma ou Serra. Foi só para não passar recibo de suas previsões de torcedor. Em breve, ele terá que apontar Dilma como a única capaz de vencer no primeiro turno.

terça-feira, 22 de junho de 2010

CALA GLOBO

DUNGA: O NOVO BRIZOLA

Dunga não é, de fato, pessoa das mais simpáticas. É folgado, provocador e não tem papas na língua, embora não se possa negar sua dedicação ao ofício de treinador da seleção nacional. Dunga está na berlinda nesta segunda-feira depois de sua explosão de maus modos com um repórter da Globo que falava ao telefone enquanto ele respondia perguntas de outros repórteres na coletiva de imprensa após o jogo com a Costa do Marfim.

Se Dunga não é persona grata da imprensa, por outro lado é verdade indiscutível que boa parte dos jornalistas brasileiros se acham (é plural mesmo) acima do bem e do mal, se julgam superiores ao comum e mortal ser humano, sobretudo a garotada mais nova. Se acham donos da verdade e os sabichões do momento. Falam o que querem de pessoas ou instituições que não dispõem de um espaço na mídia para se defender.

Esse breve perfil do jornalista brasileiro ganha novos contornos quando falamos daqueles que trabalham na Globo. Esses chegaram ao Olimpo e o crachá que usam muitas vezes abre portas proibidas aos jornalistas de outras emissoras. É comum que tenham prioridade em entrevistas e eventos. Os demais ou são preteridos ou têm que esperar até que o colega global termine seu trabalho.

Não só a Globo, como as demais emissoras fazem vista grossa quando seus profissionais conseguem superar a concorrência mesmo que façam uso de expedientes aéticos.

Todo mundo se lembra do que a Globo fez com Leonel Brizola. Durante seu primeiro mandato no Estado do Rio de Janeiro, de 1982 a 1986, não havia um só dia em que o velho Cid Moreira, com sua grave e empostada voz, não abrisse o noticiário da cidade com a célebre frase: "A violência no Rio". E aí vinham as estatisticas das ocorrências policiais da cidade naquele dia.

Isso era feito diariamente, um verdadeiro massacre, que resultou na derrota de Brizola na eleição presidencial de 89, por um lado. Por outro, no esvaziamento econômico do Rio com a fuga de empresas para São Paulo. A campanha do JN foi tão perfeita que até hoje muita gente desinformada de SP, ou até mesmo do Rio, prefere simplicar: "ah, quem acabou com o Rio foi o Brizola".

Não sabemos exatamente o que aconteceu entre Dunga e o repórter da Globo, é preciso investigar se já havia alguma animosidade entre os dois em razão de incidente anterior, é regra do bom jornalismo ouvir as duas partes. De qualquer maneira, Dunga se meteu numa encrenca daquelas. E a Globo é implacável com seus adversários.

Desde já o emprego dele está ameaçado. Ganhando ou perdendo a Copa, dificilmente permanecerá no cargo. Ele ousou desafiar o império e o império não perdoa: persegue até destruir sua vítima. A turma da CBF vai ter que enfiar a viola no saco porque falta peito e independência financeira enfrentar o poder dos irmãos Marinho.

Direto da Redação/ Eliakim Araújo.

sábado, 19 de junho de 2010

APAGÃO MUNICIPAL

ENSINO EM FALTA

É triste e vergonhoso ter que acreditar que alguns ou até mesmo muitos em certas ocasiões não buscam o bem de Martins. Na verdade, querem apenas faturar com ele. Exploraram ao ponto que como "hienas famintas" buscam a caça e lambuzam-se no cadáver exposto do dia-a-dia.

Políticos corruptos sempre serão o câncer de qualquer município. Eles afundam a máquina municipal e arrastam para si bens públicos. Esfolam e matam os fracos em centros de saúde. A falta de boa vontade ( voltamos ou nunca saímos do esquema "boiada" ), de ética, esta por sua vez anda desaparecida e em alguns casos totalmente inexistente.

O grande agravante é que esta podridão se arrasta a mais de quarenta anos, e como verme maldito, vai corroendo todo o restante da máquina.

Sucumbe no esculacho do povo amarelo e enganadora falta de bem querer destes medíocres políticos.

Torna-se infeliz ao ver tanta "cara-de-pau” de alguns, salafrários infelizes e gananciosos. Parte estragada do bolo, provoca diarréia e exala podridão onde passa. Esta falta de boa vontade, de bons modos, de carisma, de "vergonha na cara", e de amor à Martins extingue de vez a única chance, ainda que remota, de termos o ressurgimento cultural, como mostrado nesta foto abaixo de uma sala de aula:

Material didático de uma "professora".


Uma vergonha , que o ensino tenha baixado a este nível .

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O PETRÓLEO É NOSSO

Lula e Vargas na madrugada da partilha

Reproduzo, para que todos possam ter acesso, o belíssimo texto do sociólogo Gílson Caroni Filho, publicado na edição de hoje do Jornal do Brasil:

Nascido da tradição da Filosofia da História, o tempo lento, linear e previsível não costuma dar espaço para que surjam agitações trazidas por “eventos” desconstrutores de representações sedimentadas No entanto, quando constelações específicas condensam a vida, restituindo sua dimensão dialética, estamos, sem dúvida, diante de atos ou fatos inaugurais quase sempre originados na esfera política.

Quando o Senado aprovou a capitalização da Petrobras em até US$ 60 bilhões, o que ampliará a dimensão estatal da empresa, e o regime de partilha, que garante a exploração soberana das jazidas do pré-sal, a história se tornou presente no espaço. Ignorando o intervalo de 57 anos, a madrugada fria de 10 de junho de 2010 trouxe de volta o tema do petróleo como questão de soberania. Das brumas de 3 de outubro de 1953, Vargas voltou a sancionar a Lei 2.004, recriando a Petrobras, com o restabelecimento do monopólio do Estado para exploração do nosso mais valioso recurso natural. Da névoa seca do Planalto, Lula retomou a campanha de O petróleo é nosso, reinventando Brasília como capital da consciência histórica.

A decisão do Congresso representa derrota para o projeto de Serra e das petroleiras internacionais que lutaram até o fim para adiar votação, na expectativa de uma reversão do quadro político nacional, após as eleições de outubro. O novo marco regulador garante à Petrobras o papel de operadora única de jazidas gigantescas que podem conter até 50 bilhões de barris, segundo a Agência Nacional de Petróleo. Com isso, a estatal brasileira terá, no mínimo, 30% dos novos campos, mas poderá receber do Estado 100% de novas áreas sem licitação.

O próximo passo é a criação da Petro-Sal, uma empresa que vai assegurar a hegemonia pública completa no gerenciamento dessa riqueza. É a pá de cal no sonho privatizante dos interesses aglutinados em torno da candidatura tucana. Foi aprovado, ainda, o Fundo Social formado pela capitalização de receitas e royalties vinculados a investimentos em educação, ciência, tecnologia, meio ambiente, combate à pobreza e à desigualdade.

Ao contrário do consórcio neoliberal que o antecedeu, o governo petista lega às gerações futuras um passaporte de emancipação social, em vez de dívidas, crise e alienação de patrimônio público.

É a reiteração de uma estratégia de desenvolvimento econômico e social que rompe com os padrões anteriores. Assistimos à implantação crescente de políticas industriais e tecnológicas voltadas para o parque produtivo brasileiro, respondendo aos desafios impostos pela conjuntura econômica internacional e às exigências de um sólido mercado interno. Se antes a ação econômica instrumentalizou a política, fazendo dela um meio de coerção para a maximização dos fins acumulativos, agora, após oito anos de governo democrático-popular, a institucionalidade democrática inverteu os termos da equação.

Antes mesmo que o sol nascesse, Lula, elegantemente, se despediu de Vargas. Quem assistiu à cena improvável, jura que o Angelus Novus, de Paul Klee, sorriu satisfeito. Nas suas costas não havia mais ruínas.

mamado do Tjolaço.

REAJUSTE PREVIDENCIARIO

O presidente Lula agiu corretamente ao sancionar o reajuste de 7,7%


José Carlos Werneck

O presidente Lula agiu corretamente ao sancionar o reajuste de 7,7 por cento, aos aposentados e pensionistas da Previdência Social. Para tomar tão sábia e inteligente decisão, o presidente da República teve de contrariar os arautos do Apocalipse e os embaixadores da tragédia, que o cercam e afirmavam que o reajuste, aprovado pelo Congresso Nacional irá quebrar a Previdência.

Posso, desde já, afirmar, com toda certeza, que acontecerá justamente o contrário. Com milhões de brasileiros ganhando um pouco melhor a Economia do País vai crescer. Mais gente irá às compras, dívidas serão pagas, o Governo vai arrecadar mais, empregos formais serão criados, mais contribuições serão feitas à Previdência. Enfim a Economia vai girar.

Não adianta o País exibir belos índices para o FMI e para os banqueiros internacionais e haver tantos brasileiros ganhando mal e passando por sérias dificuldades.

Dar aumento de salários, principalmente aos mais pobres é redistribuir riqueza. É democratizar o capitalismo. É melhorar o padrão de vida do povo. É fazer o País crescer e principalmente

Nivelar por cima

Só os agiotas e os fazendários é que gostam de ver o povo na miséria para se aproveitar, principalmente, dos menos favorecidos. Aos usurários interessa sempre que nossa cruel desigualdade social e nossa perversa distribuição de renda sejam mantidas.

Lula ao sancionar o aumento dos aposentados, voltou a ser o Lula do passado. O homem que se preocupava e tinha compromissos com o povo e ouvia com atenção o clamor das ruas.

Quanto a veto do fim do fator previdenciário, o assunto merece mais atenção e estudos detalhados. Essa criação hedionda, que, aliás, não foi idéia de Lula, contraria e violenta todos os princípios de direito adquirido. Deve vigir somente para aqueles que começarem a contribuir agora para à Previdência e nunca para os que já pagaram de acordo com as leis vigentes, na ocasião em que entraram para o mercado de trabalho. Sei que para tratar desse tema não haverá tempo hábil para atual presidente..Mas é assunto que merece ser tratado,com a atenção e respeito, por quem for eleito para o próximo período de Governo, pois foi um verdadeiro calote naqueles que pagaram corretamente suas contribuições previdenciárias e foram surpreendidos com uma quebra unilateral das regras do jogo.

Presidente, a Previdência não vai quebrar, pode estar certo disso. Ela vai crescer e o senhor verá isso ainda nos poucos meses, que lhe restam no Governo. Tenha certeza que o Brasil vai exibir índices econômicos ainda mais pujantes. Seu gesto, ao contrário, do que lhe disseram, os tecnocratas de bobagem que o cercam, vai fazer do Brasil, um lugar melhor e mais bonito de se viver!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CONVENÇÃO DO PT

PT oficializa Dilma em clima de festa


Convenção Nacional ressaltou a luta de mulheres. Dilma, em quase uma hora, mostrou os avanços do governo Lula; ovacionado, presidente alertou que campanha não será fácil

Por: Alessandra Terribili.

Direto de Brasília – O PT formalizou, por meio de votação simbólica, a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República e a indicação do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para vice na chapa, durante a convenção nacional do PT, em Brasília, neste domingo (13).

Diante de quase duas mil petistas, o partido festejou a chapa Dilma/Temer, e reafirmou o projeto de continuar e aprofundar as políticas do Governo Lula. A convenção começou em clima de festa e com homenagens às mulheres. Dois telões exibiram imagens de mulheres que tiveram atuação marcante na história do Brasil, como Anita Garibaldi, Pagu, Luísa Mahin, Chiquinha Gonzaga, Clara Camarão, entre outras.

Antes de Dilma, Lula foi ovacionado pela militância. Ele comemorou os resultados de seu governo, mas alertou para que se evite o clima de "já ganhou". Segundo ele, "não existe eleição fácil, mas Dilma e Temer terão a tranquilidade e a maturidade necessária para vencer".

Dilma, que falou por quase uma hora, destacou os avanços conquistados pelo governo Lula. “Lula mudou o Brasil, e o Brasil quer seguir mudando. A continuidade que o Brasil deseja é a continuidade da mudança. É seguir mudando, para melhor, o emprego, a saúde, a segurança, a educação", discursou. "É seguir mudando com mais crescimento e inclusão social para que outros milhões de brasileiros saiam da pobreza e entrem na classe média. É seguir mudando para diminuir ainda mais a desigualdade entre pessoas, regiões, gêneros e etnias.”

E fechou seu discurso afirmando que chegou a hora de uma mulher comandar o país. “É mais que simbólico que, nesse momento, o PT e os partidos aliados estejam dizendo: chegou a hora de uma mulher comandar o país. Estejam dizendo: para ampliar e aprofundar o olhar de Lula, ninguém melhor que uma mulher na presidência da República. Creio que eles têm toda razão. Nós, mulheres, nascemos com o sentimento de cuidar, amparar e proteger. Somos imbatíveis na defesa dos nossos filhos e da nossa família”, disse Dilma ao final.

Mamado de Rede Brasil Atual. 

sábado, 12 de junho de 2010

COBRAS, HIENAS, CROCODILOS, RATOS E VELHACOS


Por Fernando Soares Campos

Lula não ganhou eleições para a Presidência da República apenas de Serra e de Alckmin. É bom que a gente se lembre de que outros candidatos foram derrotados, e muitos outros que aspiravam ao cargo foram preteridos pelos seus próprios partidos, seus cacifes eleitorais não ofereciam chances de vitória nas urnas. Alguns deles concorreram ao cargo de vice-presidente. Todos perderam.

Imagine a dor de cotovelo dessa gente doutorada, elitizada, mas derrotada para o metalúrgico que saiu da seca do Nordeste.

Durante esses anos, analisei o comportamento de alguns deles.

Governador, senador ou deputado, todos os derrotados nas urnas passaram a atacar o governo Lula e, em alguns casos, massacrar a própria pessoa, o cidadão, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os que foram derrotados por Lula (considerando as eleições em que o próprio Lula perdeu, mas ficou na frente deles), somente Brizola o combatia com argumentos realmente fundamentados.

Brizola sempre foi um adversário leal (sincero e fiel às regras que norteiam a honra e a probidade), do tipo que se opõe mas não se decompõe (não apodrece), como aconteceu com muitos políticos, gente que pregou da boca pra fora, sujeitos cujos discursos apenas forjam suas imagens de esquerdistas, socialistas, comunistas, ou simplesmente progressistas, reformistas. São na verdade carreiristas, no pior sentido.

Casos existem em que determinados indivíduos passaram grande parte das suas deploráveis existências enganando eleitores e se elegendo representantes do povo. Elementos que se conformam em comer pelas beiras, politiqueiros que aceitam a condição de “oposição confiável” (confiável para a direita, confiável por não representar qualquer tipo de ameaça, principalmente por desempenhar o papel ditado pelo próprio “adversário”).

Entre os que perderam eleição para Lula, o senador Pedro Simon é daqueles que nem chegaram a concorrer, foi apenas cogitada a sua candidatura. Certamente ele animou-se e, pelo visto, ainda continua aspirando ao cargo. A imprensa alimentou os sonhos de Pedro Simon, da mesma forma que agiu com Marina Silva recentemente. Acontece que Simon está muito além de Marina no que diz respeito a experiências pessoais e políticas. Simon é raposa; Marina, ovelha; portanto, ambos representam extremos de personalidade desaconselhável ao cargo.

Do que é capaz uma pessoa ressentida?

Pedro Simon, Roberto Freire, Zé Agripino e Jarbas Vasconcelos são alguns maus exemplos de despeitados. Esses indivíduos devem estar exigindo de Deus uma explicação por terem sido preteridos em favor de um “semianalfabeto”. O comportamento político dessa gente tem sido uma torcida pelo quanto pior, melhor, ou quanto mais infelicidade do povo, maior a esperança de se erguerem politicamente e com isso viabilizarem a possibilidade de se manter no poder central, ou dele participar na condição de capacho, lambe-botas, papagaio de pirata nos eventos da Corte.

A emenda Ibsen Pinheiro, que determina a distribuição dos royalties do petróleo com base nos fundos de participação dos estados e municípios não tem outro objetivo que não seja colocar o presidente Lula numa situação desconfortável frente ao eleitorado nacional. Para esse tipo de parlamentar enganador, a questão dos royalties do petróleo suscitou uma possibilidade de jogar o “apedeuta” contra a população. Uma chance de derrubar o prestígio internacional e a popularidade doméstica de Lula. Nada mais  que isso.

O objetivo é um só: fazer com que o Presidente Lula tenha de vetar e, assim, desagrade a muitos ou que, deixando de vetar, fique maldito entre os eleitores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Alguém tem dúvida

Precisa dizer mais alguma coisa?

Precisa sim.

Cobras sibilam, hienas gargalham, crocodilos choram, ratos chiam e velhacos velhacam.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

POLÊMICA NATALENSE

A Castanhola de Cascudo.

Pouco mais de dez por cento restam das árvores nativas nas encostas das serras potiguares. Ipês roxos, azuis e amarelos praticamente extintos. Angicos e trapiás desaparecidos. Mororós, raridades. E o processo de assassinato das poucas matas restantes continua em acelerado ritmo de execução. Sem uma palavra de alerta. Sem um gesto de qualquer órgão defensor da natureza. Sem um lamento na grande imprensa.

Mas a retirada de uma castanhola senil, de tronco oco, beira da morte, causou furor e protesto na vida cultural da cidade. Uma cultura que vai tão bem, ao ponto de ter tempo para espernear em favor de uma única planta sem futuro.

Tudo porque Cascudo, num momento de pileque ou gozação, chamou-a de “a árvore da cidade”. A vetusta combretácea não merecia honra tão nobre.

Qual a serventia real das castanholas? Sombra? Há uma infinidade de árvores mais úteis com sombra melhor. Até mesmo o pau-brasil tem melhor currículo. Serve pra lembrar da ladra coroa portuguesa, que ao vir para o Brasil só trouxe um príncipe fujão, uma princesa promíscua, pardais e palmeira imperial. Por falar em palmeira imperial, essa é outra árvore sem qualquer serventia. O caule é um monstrengo, não dá frutos nem sombra e sua ornamentação fica para o olhar das nuvens. Oswaldo Lamartine me disse certa vez que a palmeira imperial carrega consigo uma maldição. Quando a parte verde do seu caule ultrapassa a cumeeira, alguém da casa adoece seriamente ou a família entra em declínio financeiro. A castanhola só serve para quebrar calçadas e atrair morcegos.

Fico imaginando a cena. Cascudo recebera um reparo de Hélio Galvão sobre a denominação de Fortaleza em vez de Forte. A sinonímia, das duas palavras, nos dicionários só vai até o alcance vernacular. No sentido histórico-militar Fortaleza e Forte não são sinônimos. A Fortaleza é uma praça fortificada, podendo ter vários fortes, com poder de fogo muito acentuado. O Forte é uma edificação única, com poder de fogo limitado. O “Reis Magos” é um forte, não uma fortaleza.

Cascudo vem do mangue, na boléia da camioneta de Roberto Freire, ao lado de Luiz de Barros. Passam pela frente dos Correios, dobram pela Alfândega à esquerda e param no início da Duque de Caxias, donde se vê o Banco do Brasil. Desce do carro, acende um charuto, olha para uma castanhola, que cisma de continuar verde no calçamento, e brada: “Para quem duvida das fontes de Cascudinho, eu nomeio essa castanhola solitária a Árvore da Cidade. Uma é símbolo da outra que não consagra nem desconsagra ninguém”.

Hélio Galvão não tomou conhecimento. Nem Esmeraldo Siqueira. Mas Cascudo, merecidamente, virou celebridade mundial. E a castanhola virou “árvore da cidade”, o que não quer dizer coisa nenhuma. O Machadão não é o poema de concreto?

Tudo numa terra onde o símbolo cultural vale mais do que a cultura propriamente considerada. Té mais.
 
François Silvestre

terça-feira, 8 de junho de 2010

EM MARTINS

Covisa interdita Hospital Maternidade Dr. Manoel Villaça.

Segundo o órgão, a estrutura de alguns setores do hospital não estavam de acordo com as determinações da Anvisa.

Por Débora Ramos e Melina França.

A Coordenação de Vigilância Sanitária (Covisa) interditou, no último dia 26 de maio, quatro setores da Maternidade Dr. Manoel Villaça, único hospital em funcionamento da cidade de Martins, distante 362 quilômetros de Natal. Com a interdição da unidade, as gestantes do município passaram a ser encaminhas às unidades de saúde dos municípios vizinhos, como Umarizal e Alexandria.

De acordo com a chefe do setor de Serviço de Saúde do órgão, Neli de Melo Ramos, o centro cirúrgico, a central de esterilização, a mesa obstétrica e o processamento de roupas do hospital foram interditados por não apresentarem estrutura condizente com as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Neli, a inadequação da estrutura do local pode influenciar em risco sanitário às pacientes. “Constatamos a deterioração da estrutura física e de alguns equipamentos do hospital, a mesa obstétrica, por exemplo, apresenta sinais de oxidação. O centro cirúrgico apresenta deficiência de alguns aparelhos e, além disso, a equipe da Covisa atentou para a falta de atualização de serviço de alguns profissionais”, disse.

A notificação da Covisa foi encaminhada tanto para a Secretaria Municipal do Município, quanto para o setor de coordenação de hospitais da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). “Estamos aguardando que a Prefeitura encaminhe os projetos de reestruturação para análise da Covisa”, disse Neli. De acordo com ela, tal projeto deveria ser encaminhado em caráter de urgência pelo município, entretanto, até o presente momento, o órgão não recebeu os documentos.

A maternidade integra a Associação Amparo à Maternidade e à Infância (APAMI), mantida através de convênio entre o Governo Estadual e o Federal. Conforme divulgado no jornal O Vale do Apodi, a Prefeitura de Martins recusa ajuda ao hospital, alegando que isto não é competência do município.

Além da falta de estrutura adequada do local, denúncias dão conta de que os problemas na Maternidade também atingem o quadro de funcionários, que estaria sem receber há três meses.

A reportagem tentou contato com a diretora da Maternidade, Sueli Gaudino Leite, entretanto, ela estava em reunião e não pode comentar o assunto. O titular da Secretaria Municipal de Saúde também foi procurado pela equipe do Nominuto.com, mas não foi localizado.
 
Fonte: nominuto.com

sábado, 5 de junho de 2010

FICHA IMUNDA, BASTA

Lula sanciona Ficha Limpa.

A nova lei que exige “ficha limpa” para os candidatos começa a vigorar a partir de segunda-feira (7), quando deve ser publicada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o texto, sem vetos, nesta sexta-feira (4).

A lei torna inelegíveis candidatos que forem condenados por órgão colegiado em crimes como improbidade administrativa, abuso de autoridade, racismo, tortura, abuso sexual, formação de quadrilha, crimes contra a vida e crimes hediondos, dentre outros.

O texto final do projeto aprovado pelo Senado gerou dúvidas se a lei só valerá para candidatos que forem condenados a partir de agora ou se inclui também quem já tem as condenações previstas no texto. Também há dúvidas se a lei sancionada hoje já valerá para as próximas eleições. As divergências devem ser resolvidas pela Justiça.

Na opinião do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, a medida já vale para o pleito deste ano. Em nota, Cavalcante avalia que a nova lei significa "mais um passo para o aperfeiçoamento das instituições porque impede a eleição de políticos com condenações judiciais".

"A sanção do Projeto Ficha Limpa sem vetos demonstra que o Presidente da República, tal e qual o Congresso Nacional, interpretou o sentimento de quase dois milhões de eleitores, que por ele disseram: basta de corrupção! Basta de usar os mandatos como instrumento da impunidade! Basta de tratar a política como um negócio privado!", diz o presidente da OAB na nota.

Na interpretação de Cavalcante, “não se trata de retroagir a lei para alcançar os mandatos daqueles que hoje ocupam cargos eletivos, mas de aplicar a lei para as novas candidaturas, inclusive dos que hoje estão investidos de mandato e que quiserem se candidatar”.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ENCONTRO MOTOQUEIROS

O Serração Motofest é o sexto evento com esse nome, mas o décimo dessa categoria, realizado em Martins.

O Evento é organizado pelo Serração Moto Clube, acontecendo nos dias  04, 05 e 06 de junho do corrente ano e reunindo Motociclistas de todo o país. Esse ano contará com participação de mais de 200 Moto Clubes diferentes e aproximadamente mil motociclistas.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 04 de junho de 2010 (Sexta-Feira):

Manhã: Recepção aos Motoclubes na Praça da Matriz, inscrição dos motoclubes e entrega de troféus na Barraca SerrAção.

Noite: Abertura Oficial do Evento, no Palco principal, com show musical.

Dia 05 de Junho de 2010 (Sábado):

Manhã: Recepção aos Motoclubes na Praça da Matriz e Café da Manhã 0800, na Escola Estadual Almino Afonso.

Ao Meio-Dia: Almoço 0800 no Mirante do Canto ao som de Alexandro Bandeira (Voz e Violão).

Noite: Show musical no palco principal .

Dia 06 de Junho de 2010 (Domingo):

Manhã: Despedida com Café da Manhã 0800 na Escola Estadual Almino Afonso.
 
BOA VINDA A TODOS E ÓTIMA ESTADIA

AVANÇO BRASILEIRO

 O Brasil se fortalece com Lula. Só nossa mídia não vê

Enquanto a imprensa brasileira é quase sempre pessimista sobre as possibilidades do país e mal consegue esconder seu despeito com as conquistas brasileiras, a mídia internacional se encanta cada vez mais com o Brasil, e, mesmo percebendo os riscos inerentes a qualquer processo de crescimento, analisa o país com otimismo.

Por Brizola Neto.

Dessa vez, foi a revista Fund Strategy, da City londrina, o centro financeiro da Inglaterra, que colocou na capa de sua última edição Lula como um super-homem que elevou o país a outro patamar.

O responsável pela matéria, Will Jackson, abre seu texto afirmando que “a sugestão de que o Brasil poderia ser a quinta economia do mundo poderia soar longínqua, mas a eleição de Lula inaugurou uma nova era”. Ele recorre aos dados econômicos de crescimento do PIB de 3% a 6% entre 2004 e 2008, e redução das taxas de juros em mais de dez pontos percentuais no período, para exemplificar o desenvolvimento do país.

A matéria busca examinar as condições do Brasil de lidar com os desafios que tem à frente e traça um cenário otimista. Como afirma Robert Wood, analista senior e vice diretor de risco-país do Latin America at the Economist Intelligence Unit (EIU), em Nova Iorque, as maiores preocupações do mercado se referem à habilidade de o Brasil gerenciar o crescimento, um problema que “é um luxo de se ter.”

A matéria confirma o tratamento de marolinha que Lula deu à crise financeira do quarto trimestre de 2008, ressaltando que enquanto ela engolfou o mundo desenvolvido, não afetou tanto o progresso econômico do Brasil. O país teve uma contração do PIB para 0,2% em 2009, mas o FMI já prevê uma retomada do crescimento para 5,5% esse ano.

A revista destaca que o crescimento constante, aliado ao declínio econômico das potências mundiais, elevou a autoconfiança do Brasil, cujo maior exemplo é o desejo de Lula de levar a influência do país além de suas fronteiras.

O autor do texto cita um analista sênior de política externa na Brookings Institution, uma organização de políticas públicas baseada em Washington, sobre o significado do movimento de Lula na cena internacional. “O Brasil deixou para trás seu passado de subserviência. Em vez de se tornar uma vítima da globalização, emergiu vitorioso para clamar um papel de liderança nas questões mundiais.”

Os nossos jornalistas que vivem criticando o papel do Brasil na resolução da questão nuclear iraniana bem que podiam ouvir os analistas de mercado, que estão longe de qualquer antiamericanismo que tentam enxergar na política externa brasileira. Queiram ou não queiram, o Brasil passou a ser um ator global de primeira grandeza.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

SAÚDE MUNICIPAL

CONTRA LULA

Serra e a sétima fase do discurso contra Lula

Há uma longa história por trás das vacilações do presidenciável oposicionista José Serra (PSDB), entre a linha "Paz e Amor" e o ataque ao governo mais popular da história. Desde que Luiz Inácio Lula da Silva chegou à presidência, em 2003, o bloco demotucano tenta acertar o tom do seu discurso, mas tem tido dificuldades para aprender a ser oposição. Aqui vai um apanhado sintético das tentativas.

Por Bernardo Joffily

2003: "Ele não vai conseguir governar"

A posse do presidente torneiro-merânico foi acompanhada pelo PSDB, o PFL (hoje DEM) e os barões da mídia com uma expectativa meio perplexa, meio condescendente e meio esperançosa. Havia a esperança de que as novas forças que chegavam ao Planalto iriam tropeçar nas próprias pernas.

As duas primeiras capas da Veja em 2003 espelham o tom dessa fase: depois de Lula de mel, veio Trapalhadas na decolagem. Havia ainda quem previsse graves problemas do governo no Legislativo. Afinal, as duas legendas agora oposicionistas somavam 155 deputados, mais que os 151 da base inicial de Lula (PT, PCdoB, PSB, PL e PCB), e tinham relações longamente cultivadas com as siglas de centro.

Essa esperança começou a se frustrar já em fevereiro, quando o governo recém-empossado viu a Câmara e o Senado elegerem para presidentes dois aliados, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Sarney (PMDB-AP). Ali os aprendizes de oposicionistas constataram que tinham pela frente não um incidente fortuito, mas um novo ciclo político. Foi quando o ex-presidente Fernando Henrique queixou-se de um "perigoso rolo compressor que avança na oposição".

2004-2005: A escalada dos escândalos

Logo o bloco demo-tucano-midiático enveredou por outro caminho, que lhe pareceu promissor: as denúncias de escândalos de corrupção. A longa série começou com o Escândalo Waldomiro Diniz (março de 2004) e foi num crescendo até o Escândalo do 'Mensalão' (junho-agosto de 2005).

A oposição a Lula retomava assim uma tradição muito cara aos seus antecessores da UDN pré-golpe de 1964. Os udenistas também tinham feito oposição pela direita aos governos de Getúlio, Juscelino e João Goulart. E tinham como carro-chefe justamente as denúncias de corrupção.

2005: "Queremos sangrar o Lula"

O escândalo que entrou para a história como 'Mensalão' (batizado numa célebre entrevista de 6 de junho pelo deputado cassado Roberto Jefferson, hoje um apoiador de Serra) abriu uma crise política grave. O auge da crise foi em 11 de agosto, quando o publicitário Duda Mendonça, que fizera a campanha de Lula, compareceu à CPI dos Correios e deu a entender que fora pago via caixa 2.

Naquele momento a oposição chegou a cogitar um impeachment para tirar Lula da Presidência. Mas contou os seus votos no Congresso, comparou os manifestantes do 'Fora Lula!' com os do 'Fica Lula!', e mudou de ideia.

“Não há clima político para o impedimento e o pedido, se houver, tem de vir da sociedade”, constatou o senador Artur Virgílio (PSDB-AM), ao sair de uma reunião que analisou a alternativa. “Nós não queremos fazer o impeachment do presidente. Para nós, basta o impeachment moral do Lula, para ele chegar às eleições sem condições de concorrer”, disse Fernando Henrique ao então ministro Aldo Rebelo. Naqueles dias, fazer Lula desistir da reeleição era quase uma ideia fixa.

O então senador Jorge Bornhausen (DEM-SC), que se acreditava na iminência de livrar-se "dessa raça por 30 anos", foi o mais  agressivo: "Não queremos o impeachment, queremos sangrar o Lula para enfraquecê-lo até as eleições de 2006".

2006: "O PT já teve a sua chance"

Veio a eleição de 2006 e Lula não desistiu. Seu concorrente tucano, o ex-governador Geraldo Alckmin, experimentou então outra linha de discurso da oposição. "O PT já teve a sua chance e deixou passar. O Brasil está com a receita errada", disse ele, nas considerações finais do primeiro debate com Lula ao vivo pela TV – o momento que os políticos costumam guardar para suas frases de maior impacto.

Havia na fala de Alckmin dois elementos.

Primeiro, a ideia de que estava na hora das forças sociais e políticas representadas por Lula saírem do governo central, pois tinham "deixado passar" a "sua chance". Como quem diz: voltem para a senzala.

Segundo: a "receita" está errada. Alckmin tentou em 2006 bater de frente com o governo Lula. Afinal, oposicionista é para se opor, não é? Entretanto, o célebre episódio contorsionista do candidato tucano com o boné da Petrobras indicou, ainda antes das urnas: aquela seria o discurso da derrota.

2008: O 'tsunami' contra a 'marolinha'

Enquanto isso, as denúncias de escândalos de corrupção continuaram, depois do 'Mensalão' e até hoje. Mas iam perdendo força. A própria repetição as desgastava.

Por isso, a oposição brasileira recebeu como um presente dos deuses a crise econômica mundial que atingiu sua fase aguda em setembro de 2008, a partir dos Estados Unidos. Afinal, não reza o ditado que "Quando os EUA espirram o Brasil fica com gripe"? Então, quando os EUA entram em colapso...

A oposição apostou tudo na crise e seus efeitos catastróficos no Brasil. Os seus colunistas na mídia não falavam de outra coisa. O DEM, já com nome novo, chegou a criar um 'hot site': quem entrava na página do ex-PFL na internet tinha que passar primeiro pelas notícias da crise.

Mas quem estava certo, afinal, era Lula, que previu "uma marolinha" e não um "tsunami". A metáfora fez as delícias do bloco oposicionista-midiático, antes de se revelar uma descrição bastante aproximada do que aconteceu. E o presidente que já era recordista em popularidade voltou a ciscar mais uns pontos nas pesquisas de opinião.

2010: "Lula, o fenômeno irrepetível"

Chegamos assim ao penúltimo capítulo dos ensaios de discurso dos demotucanos em seu duro aprendizado de oposicionistas. Ele se expressa nas afirmações de Serra sobre Lula como "fenômeno irrepetível".

O melhor exemplo talvez tenha sido dado pelas declarações do presidenciável paulista para a Rádio Jornal, do Recife, no último dia 14: "Vamos fazer o seguinte? Lula está acima do bem e do mal, não comparo Lula com nada".

A linha foi escolhida por motivos compreensíveis, por certo submetidos a baterias de pesquisas qualitativas e esmiuçados por exércitos de marqueteiros: se você faz oposição a um governo que teve 76% de 'bom' e 'ótimo' e 5% de 'ruim' e 'péssimo' na última pesquisa (Datafolha, dia 22), criticar o presidente é um mau negócio.

Porém mesmo sendo compreensível esse é o discurso de um harakiri eleitoral. Quem o advertiu recentemente foi o ex-presidente Itamar Franco, hoje no PPS: "Se o governador Serra não quer falar mal do Lula, fica quieto. Se começa a elogiar muito o presidente Lula, o pessoal começa a perguntar: por que vamos mudar?"

Logo começaram as reclamações e críticas, algumas até abertas, nas colunas da mídia serrista até o fim mas inconformada com o discurso de seu candidato. Este passou a ensaiar uma ou outra crítica ao governo, embora ainda sem citar Lula. Pode ser um prenúncio de uma nova fase (a sétima!) do discurso oposicionista. A campanha o dirá.

Ao mesmo tempo, há outro discurso que nunca aparece na boca dos caciques demotucanos, nem muito menos de Serra, porém frequenta a sua mídia e corre solto na internet. O discurso do esgoto, dos golpes baixos, das mentiras e do puro fel. Mesmo apócrifo, ele retrata em cores vivas quanto ódio habita o coração dessa gente após sete anos e meio sem se conformar em ser oposição. E quanto eles estão apostando nesta eleição presidencial, para impedir, a qualquer custo, que o irrepetível se repita.