SÓ GOZO COM QUEM DÁ

quinta-feira, 31 de março de 2011

NA PORTA DO CÚ DO DONO

Oliveira de Panelas, poeta e repentista pernambucano, certa vez se
deparou com um desafio no mínimo inusitado:
Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia
custado o conserto, ouviu do dono da oficina, que o conserto ficaria de
graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre o seu orgão sexual.
Surpreso e ao mesmo tempo indignado, Oliveira resolveu brincar com o seu
amigo dono da oficina e descreveu assim, o dito cujo.

NA PORTA DO CÚ DO DONO

Essa rôla antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada

Na porta do cú do dono

Já fez muita estripulia
Firme que só bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na putaria
O priquito era seu trono
Trepava sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada

Na porta do cú do dono

Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje à cheirar bufa

Na porta do cú do dono

E não é que o serviço saiu de graça !

sábado, 26 de março de 2011

ATENÇÃO GENTE!

POLICIA MILITAR DE MARTINS CRIA BLOG LISTANDO OS VEÍCULOS FURTADOS/ROUBADOS NO RN.

"Olá,
Nós da Polícia Militar de Martins-RN sentimos a necessidade diária de atualizar a lista de veículos roubados/furtados no RN, principalmente na Região Oeste, onde veículos são roubados para fins de assaltos e/ou sequestros.

O objetivo é sempre manter a lista atualizada e servirá como instrumento de pesquisa/trabalho de Políciais Militares, Civis e Federais. O ideal é que Policiais que estejam entrando e/ou saindo de serviço consultem esse Blog e façam suas anotações diárias, ficando mais atentos em veículos circulando nas cidades do Oeste e adjacências.
Todo veículo que for furtado/assaltado poderá ser adcionado no Blog através de solicitação/informação via e-mail oguardiaodaserra@blogspot.com e deverá conter o dia, horário aproximado, tipo do veículo, cor, ano e placa."

Bodado de http://www.oguadiaodaserra.blogspot.com/
http://carrosroubados.blogspot.com/


RELIGIÃO E IDEOLOGIA

François Silvestre


Da infância entre o mato e a sacristia, neto de avó carola, coroinha e venerador de santos; travessia da infância para a adolescência em colégio de padres. Tudo programado para uma vida religiosa, encharcada de medos e culpas.

Essa é a formação cristã. Ou deformação. É preciso ter medo. E se romper o medo, angariar culpa. Duas péssimas companhias. Não há a menor chance de vida saudável, física ou mental, onde há culpa ou medo. Imagine os dois!

O Marxismo me libertou da religião. Os santos agora eram apenas mitos. A hagiografia só para ilustração. Morte dos medos, sepultura para as culpas. Uma liberdade nova e completa. Completa? Nem tanto.

Ao me livrar da prisão religiosa, o Marxismo me pôs algemas novas. O cárcere da ideologia.

Se antes era medo e culpa, agora era disciplina e limites para pensar ou expressar o pensamento. E como eu não podia chamar o Chapolin Colorado, fui salvo pela história. Ou melhor, pelo fracasso da história.

Num certo momento da crença ideológica, o fanatismo substitui a razão. E era fácil convencer um jovem carregado de sonhos de um mundo novo e enojado das injustiças sociais, miséria econômica e repressão política.

A certeza de que tudo seria transformado para uma sociedade solidária “herdeira da paz e do trabalho” dos versos de Emmanuel Bezerra.

E o preço dessa transformação era a disciplina partidária. Não há opinião pessoal importante. Só a opinião coletiva, ditada pela Organização. Pensar era um risco. E se pensasse guardasse segredo, para não ser obrigado a uma autocrítica humilhante.

Tudo contido no código do Partido. Muitos partidos, vários códigos. Os santos da veneração agora eram os camaradas da Revolução. E a briga entre os partidos “revolucionários” era muito mais odiosa do que contra o inimigo maior: a ditadura e o capitalismo. "Nós nos odiávamos cordialmente”. Como disse Vulpiano Cavalcanti.

Salvo pela história. A prática é o matadouro das ideologias. E foi a prática das “revoluções socialistas” que desmoralizaram o Marxismo. Ditaduras tão cruéis e corruptas quantos as ditaduras do capitalismo. O Marxismo continua sendo a mais fantástica análise histórica das relações humanas com a economia. Mas fracassou na prática. A natureza humana é incompatível com a socialização da propriedade. O mendigo prefere sonhar com a fortuna a abrir mão do direito à ganância.

A constatação tem facilidade aparente. Uma reflexão mais acurada não cabe num artigo de jornal. Mas merece um toque mesmo superficial.

Assim como é apenas aparente a dificuldade das constatações aristotélicas. Muito mais simples do que parece. Já houve até quem dissesse que até os macacos sabem, ou desconfiam, que o conjunto das bananas maduras é menor do que o conjunto das bananas. Té mais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

FICHA LIMPA

O menor conto de fada do mundo

...

Era uma vez um rapaz que pediu a uma linda garota:

- Você quer se casar comigo?

Ela respondeu:

- NÃO!

E o rapaz viveu feliz para sempre, foi pescar, jogou futebol, conheceu muitas outras garotas, visitou muitos lugares, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava grana, bebia cerveja com os amigos sempre que estava com vontade e ninguém mandava nele.

A moça teve celulite, varizes, os peitos caíram e ficou sozinha.

FIM.

quarta-feira, 23 de março de 2011

ENDURO DAS SERRAS 2011

A programação definida:

Sexta, 25: Briefing, a partir das 19:00h no Complexo Gastronômico TENDA.

Sabado, 26: Largada da Motoeste Honda, Av. Pres. Dutra, a partir das 08:00h

Sabado, 26: Cross Test e Neutralizado Técnico na cidade de Caraubas, a partir das 11:30h

Sabado, 26: Chegada e resultado da 1ª Etapa, Praça da Igreja Matriz, Martins/RN

Domingo, 27: Largada da Igreja Matriz, Martins, a partir das 08:00h

Domingo, 27: Cross Test e Neutralizado Técnico na cidade de Riacho da Cruz, a partir das 11:00h

Domingo, 27: Chegada e premiação aos competidores, a partir das 16:00h, no Complexo TENDA.

sábado, 19 de março de 2011

O AMENDOIM

O cara estava bebendo cerveja, comendo amendoim e vendo TV na sala, 'vigiando' a filhinha que namorava na varanda. Sono chegando, cerveja fazendo efeito, ouvido começa a coçar e o babaca começa cutucar o ouvido com um amendoim até que a casca do amendoim quebra e o caroço de amendoim entala no ouvido. O cara fica desesperado, começa a tentar tirar o amendoim com o dedo e empurra mais prá dentro! Pega uma tampinha de caneta Bic e merda, o amendoim entrou mais ainda. Nisso o sujeito já estava louco, gritando, chamando a mulher, que veio correndo, que apavorou e já queria levar o maridão bêbado para o hospital, o cara não queria - que mico! - Sou um cara de posição, não posso me expor ao ridículo, etc... A filha e o namoradinho entram na sala pra ver o que estava acontecendo. - 'Pai, que é isso! Que vergonha!' O gaiato pondera (namorado da filha): - 'Calma, que eu dou um jeito! Quando era escoteiro, era eu que socorria os amigos! 'O entalado, que estava sem graça, apavorado, e agora puto com aquele sujeitinho dando palpite, acabou aceitando ajuda. O sujeitinho mete dois dedos no nariz do sogrão, e diz: - 'Fecha a boca e sopra pelo nariz com bastante força!' E não é que o maldito amendoim saiu do ouvido... O namoradinho sai todo convencido, a filha toda apaixonada, e a mulher encantada com o eficientíssimo rapaz, diz pro maridão: - 'Viu que gracinha? Tão calmo, tão controlado nas emergências. O que será que ele vai ser?' E o maridão, cada vez mais puto, responde: - 'Pelo cheiro dos dedos do filho da puta, vai ser ginecologista!'

terça-feira, 15 de março de 2011

Revolução: Mito e Sangue.


François Silvestre

Ao visitar Cuba, no auge do prestígio da Revolução Cubana, Jean-Paul Sartre ironizou o Brasil. Respondendo a um jornalista sobre quando visitaria nosso país, o filósofo respondeu: “Visitarei o Brasil quando vocês fizerem uma Revolução”.
A visita nunca aconteceu. Até porque sua passagem por Recife não foi uma visita, mas um acidente intestinal de Simone de Beauvoir que obrigou o desembarque para tratamento da escritora.
O Brasil realmente nunca fez Revolução. Todos os levantes ou golpes políticos e militares, no Brasil, são equivocadamente chamados de revoluções. Tudo falso. Até Hélio Silva, o maior e mais completo historiador da República, comete esse equívoco.
Nunca promovemos ruptura estrutural de natureza política, social ou econômica, que mereça tal denominação. Nunca aprofundamos o íntimo do nosso caráter coletivo de forma revolucionária. E não foi por bondade ou natureza cordial. Nesses levantes ou golpes o sangue sempre correu franco. Nunca tivemos medo da brutalidade. Nem pudor para prover o fratricídio. O que nos faltou e ainda falta é instrução política e coragem coletiva para promover Revolução. Nós somos valentes no varejo e covardes no atacado.
Não temos uma República, mas resultado de repúblicas fragmentadas. Que vão desde os conluios militares, golpes de Estado, autoritarismo e populismo.
Mas é verdade que se precisa fazer uma avaliação crítica do papel das Revoluções na história da humanidade. Será que as Revoluções realmente acrescentaram dignidade social e política aos povos que as promoveram? Talvez só a Revolução Industrial tenha sido de fato imprescindível. No restante, teria sido mais útil um processo evolutivo.
Vejamos alguns exemplos: A Revolução Francesa, no que deu? Em Napoleão e numa monarquia renascida e pior do que a anterior. Sem falar na sangria de um continente inteiro com reflexo nos outros continentes. Com a vinda para o Brasil de D. João, trazendo pardais e palmeiras imperiais. Duas pragas. E raspando o tacho da Colônia.
A Revolução Russa deu no stalinismo e nas ditaduras corruptas do Leste europeu. E desaguou na Rússia atual, estuário de máfias e miséria.
A Revolução Chinesa fez uma Revolução Cultural que promoveu um genocídio fraticida. E gerou a atual China, pirataria de comércio global e Capitalismo de Estado.
A Revolução Cubana virou uma ditadura personalista e ineficiente. Com ressalvas à pesquisa médica. Mas a saúde individual não pode matar a saúde da liberdade coletiva.
As revoluções islâmicas nascem maculadas pelo fanatismo e estupidez da deformação religiosa. O desafio é combater a exploração evoluindo. Evolução tem o condão de transformar e permanecer. Té mais.

terça-feira, 8 de março de 2011

A MALDIÇÃO DO FEIJÃO

Um homem tinha verdadeira paixão por feijão, mas ele lhe provocava muitos gases, criando situações embaraçosas sempre que o comia.

Um dia ele conheceu uma garota e se apaixonou.

Mas pensou: Ela nunca vai se casar comigo se eu continuar desse jeito.

Então fez um sacrifício enorme e deixou de comer feijão.

Pouco depois os dois se casaram.

Passados alguns meses, quando ele voltava para casa, seu carro quebrou.

Ele telefonou para a esposa e avisou que ia chegar mais tarde, pois voltaria a pé.

No caminho de volta para casa, passou por um restaurante e o aroma maravilhoso do feijão lhe atingiu em cheio. Como ainda estava distante de casa, pensou que qualquer efeito negativo passaria antes de chegar. Então entrou e comeu três pratos fundos de feijão.

Durante todo o caminho, foi para casa peidando, feliz da vida. E quando chegou já se sentia bem melhor. A esposa o encontrou na porta e parecia bastante excitada.

Ela disse: Querido, o jantar hoje é uma surpresa. Então ela lhe colocou uma venda nos olhos e o levou até a mesa, fazendo-o sentar-se na cabeceira.

Nesse momento, aflito, ele pressentiu que havia um novo peido a caminho.

Quando a esposa estava prestes a lhe remover a venda, o telefone tocou ela foi atender, mas antes o fez prometer que não tiraria a venda enquanto não voltasse.

Ele, claro, aproveitou a oportunidade. E, assim que ficou sozinho, jogando seu peso para apenas uma perna, soltou um senhor peido.

Não foi apenas alto, mas também longo e picotado. Parecia um ovo fritando.

Com dificuldade para respirar, devido a venda apertada, ele tateou na mesa procurando um guardanapo e começou a abanar o ar em volta de si, para espantar o cheiro.

Mas, logo em seguida, teve vontade de soltar outro. Levantou a perna e...

RRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUMMMMMMM!!...

Esse, então, soou como um motor a diesel pegando e cheirou ainda pior!...

Esperando que o odor se dissipasse, ele voltou a sacudir os braços e o guardanapo, frenéticamente, numa animada e ridícula coreografia.

E quando pensou que tudo voltaria ao normal, lá veio a vontade outra vez.

Como ouvia a mulher, lá dentro, continuando a falar no telefone, não teve dúvidas:

jogou o peso sobre a outra perna e mandou ver.

Desta vez merecia medalha de ouro na categoria. Enxofre puro.

As janelas vibraram, a louça na mesa sacudiu, e em dez segundos as flores no

vaso sobre a mesa estavam mortas.Ouvido atento a conversa da mulher no telefone, e mantendo a promessa de não tirar a venda,

continuou peidando e abanando os braços por mais uns três minutos.

Quando ouviu a mulher se despedir no telefone, já estava totalmente aliviado.

Colocou o guardanapo suavemente no colo, cruzou as mãos sobre ele e chegou a sorrir vitorioso,

estampando no rosto a inocencia de um anjo.

Então a esposa voltou a sala, pedindo desculpas por ter demorado tanto ao telefone, e lhe

perguntou se ele havia tirado a venda e olhado a mesa de jantar.

Quando teve a certeza de que isso não havia acontecido, ela própria lhe removeu

a venda e gritou: 'SURPRESAAAA! '

E ele, finalmente, deu de cara com os doze convidados sentados a mesa para comemorar seu

aniversário!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Luiz Fernando Veríssimo

APROVEITA O CARNAVAL

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

BEIJOS E ABRAÇOS À TODAS

PAPANGU

domingo, 6 de março de 2011

ENSINO PÚBLICO

Numa escola em algum lugar de Martins, a professora do ensino público pergunta a um aluno:

- Wandercleison, diga aí um verbo.

- Bicicreta.

- Não é bicicreta... É bicicleta! E bicicleta não é verbo.

Depois, perguntou ao segundo aluno:

- Helvispresli, diga aí um verbo.

- Prástico.

- Não é prástico... É plástico! E plástico não é verbo.

A professora, desesperada, perguntou ao terceiro aluno.

- Janedílson, diga aí um verbo.

- Hospedar.

- Muito bem! Agora diga uma frase com o verbo que você escolheu.

- Hospedar da bicicreta são de prástico!

DA MORTE

Walter Bezerra

O que é viver senão um estágio para a morte?
Quando defendemos uma ideologia,
e ela não floresce, não morremos aos poucos?
Quando amamos e não há reciprocidade,
não violentamos o fígado, pâncreas,
pulmões, tripas, mente, coração?
Os humanistas e os apaixonados são suicidas
involuntários.
Quem dera, antes de morrer, possa eu esclarecer
o que se fez dúvida ou má interpretação.
Quem dera, antes de morrer, possa eu me redimir
com aqueles que, por negligência, não os inclui
entre os meus prediletos.
Quem dera, antes de morrer, possa reconciliar-me
com aqueles que, por omissão, não me dediquei
com a merecida intensidade.
Quem dera, antes de morrer, possa desculpar-me
com aqueles que, por imprudência, não amei
com a devida ternura..
Quem dera, antes de morrer, possa eu, no meu ínfimo
alcance, contribuir para que os que são manipulados
covardemente repugnem os seus déspotas.
Quem dera, antes de morrer, possa eu deixar algum
legado para os oprimidos e os que sofrem
de prisão de ventre neurônica.
Não tenho medo da morte,
mas desejo que ela permita que as rugas
me venham primeiramente.
Morrer precoce é uma tirania.
Sei que a morte é inevitável,
mas espero que ela não me surpreenda
fulminantemente.
Espero que ela me venha dócil, lentamente, subindo degraus.
A pior das mortes é a súbita.


Quando eu morrer, não me visitem o túmulo,
porque nem a minha alma niilista
estará mais ali.
Quando eu morrer, não me acendam velas,
porque luz não haverá mais em mim.
Quando eu morrer, pra que flores
se eu não poderei mais sentir-lhes
o perfume?
A lembrança que se tem de alguém que se foi
é a única explicação teórica da ressurreição.
O nascimento é, por si só, a anunciação da morte.
Imortal é aquele que nunca nascerá.
A morte nos mora na vida;
ela é o pagar das luzes,
a plenitude da solidão.
Morrer é dar adeus em silêncio;
é colocar um ponto final na poesia
que somos nós.

quinta-feira, 3 de março de 2011

DE PROFECIAS E OUTRAS CIAS

 Por François Silvestre


Hoje me veio à memória o bufar dos coturnos. Tempos de sofrimento e esperança. Única época que não desmerece o maniqueísmo.

Só havia dois lados para a militância política ou exercício intelectual. O lado da dignidade humana, da luta pela liberdade, ou o lado do cachorrismo colaborador.

A ditadura não aceitava apoio indiferente. Ou estava com ela ou contra ela. E todos os que estavam contra ela dignamente, abertamente, eram “comunistas”. Para o poder ditatorial e estúpido não havia oposição democrática. Católicos, evangélicos, espíritas, ateus, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, todos eram bolcheviques. “Democratas e brasileiros” só os aliados e os cachorros. Com minhas desculpas aos cães propriamente ditos. Ainda paira no ar um miasma de sangue não coagulado.

Um jornalista que hoje critica o poder petista, exigindo o cumprimento da dignidade prometida, e que esteve, na era do chumbo, defendendo a liberdade, merece o meu respeito e admiração.

Mas quem esteve naquele tempo sombrio esgueirando-se em cochichos pelos recantos do medo, chamando os resistentes de “esquerda festiva” ou “veleidade esquerdista”, apoiando a ditadura omissivamente, sem coragem de expor a opinião, com vergonha de ser reaça, e hoje cobra “democracia”, merece apenas o desprezo frio.

Quem nunca arriscou um minuto de sossego para falar em liberdade, nos tempos do coturno, não tem autoridade moral para criticar ditadura nenhuma. Suas armas foram desmuniciadas pela própria biografia.

Esse é um tempo terrível. Não de se comer no meio da batalha nem de se amar no meio da revolta. Mas de entender o desafio de desafiar o vazio para reacender a chama que desmascare o novo disfarce das trevas.

Marx conheceu, dissecou e combateu o capitalismo mercantil. Onde a mais-valia, com todos os contornos da exploração, guardava uma relação entre o capital existente e o trabalho realizado. Esse capitalismo transmutou-se.

É agora um capitalismo virtual, que Marx não conheceu nem previu. Há um teto de números financeiros, irreal, sem qualquer relação com o dinheiro existente ou com o trabalho realizado. Negócios feitos e pagos com moeda de miçanga. Megas fortunas do nada. Tudo bancado com o apoio “secreto” de uma mídia venal, também invisível. Só a miséria é real.

Clama por uma negação. Uma nova Esquerda. Distante dos golpes “comunistas” que produziram ditaduras corruptas e capitalismos de Estado. E ainda deram voz a uma Direita nefanda, com seus teóricos rancorosos e medíocres, embrulhados em papel celofane.

Eu falava de profecia? Os Maias profetizaram o fim do Mundo para 2012. Mas isso foi antes deles se juntarem aos Alves. Agora, a profecia pode ser antecipada. Té mais.

terça-feira, 1 de março de 2011

PALITO DE FÓSFORO

Diferentes tipos

 A razão é simples: o que existe hoje na nossa casa é chamado fósforo de segurança, que tem o material necessário para a combustão, dividido entre o palito e recipiente.

Além disso, o fósforo não é a cabeça do palito, mas a superfície áspera da caixa, que contém fósforo vermelho (uma das mais seguras maneiras de se usar o fósforo), sulfeto de antimônio (Sb2S3), trióxido de ferro ( Fe2O3) e goma arábica (cola). O palito é o clorato de potássio (KClO3) e não como muitas pessoas pensam que é a pólvora.

Mas então por que colocar esse nome: Palito de Fósforo? Durante muito tempo, o fósforo foi realmente colocado no palito e acendia em qualquer superfície áspera. Na verdade, este tipo de palito ainda está lá, é tradicionalmente encontrado no Reino Unido.

Descubra como essa história começou…

A descoberta do fósforo

O palito de fósforo foi inventado no século XIX, porém a história do palito que mudou a forma de se fazer fogo se iniciou bem antes, em 1669, com a descoberta do fósforo (elemento químico P).

O alemão Hennig Brand, em suas tentativas de transformar metais em ouro, descobriu acidentalmente o elemento ao estudar amostras de urina. O material que obteve brilhava e, por essa razão, Brand batizou a substância de Phosphoros, que quer dizer “aquele que traz a luz, que ilumina”.

Em 1680, o britânico cientista Robert Boyle, um dos mentores e fundadores da química atual, observou que uma chama era gerada ao gerar atrito entre um pedaço de papel com fósforo em um pedaço de madeira coberto com enxofre.

Boyle acreditava que o fogo não era provocado apenas pela atrito, mas por algo próprio àquelas substâncias. E estava certo, tinha descoberto o princípio que levaria à invenção do fósforo.

Depois da descoberta, vários aparatos químicos para gerar fogo foram desenvolvidos na Europa. Alguns usavam a descoberta de Boyle, outros, hidrogênio, porém eram todos complicados e arriscados. Em 1805, um químico francês chamado K. Chancel criou um palito coberto de clorato de potássio e açúcar. Mas, como era preciso encharcá-lo em ácido sulfúrico para que queimasse, ele não fez muita fama.

Em 1827, o farmacêutico inglês John Walker descobriu que se combinasse, na ponta de um palito, sulfeto de antimônio, clorato de potássio, cola e amido, ele poderia ser aceso por atrito em qualquer superfície arida. Walker chamou os seus palitos de congreves, numa citação aos foguetes bélicos inventados por William Congreve em 1808.

Apesar do apoio de amigos, Walker decidiu não patentear sua invenção, registro que dá direitos exclusivos ao criador, pois desejava que ela fosse um bem público. Por isso, muitas pessoas a replicaram, inclusive Samuel Jones, que começou a vender os palitos com o nome de Lucifers (um dos nomes dados ao diabo).

Embora cheirasse mau e fossem perigosos (eram explosivos e às vezes acendiam sozinhos dentro da própria embalagem), os Lucifers ficaram muito famosos entre fumantes. Para evitar acidentes, os primeiros palitos eram carregados em estojos de metais ou de porcelana. Os mais finos eram feitos de ouro e prata e eram trabalhados como uma jóia.
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