ANGÉLICA
Angélica - o mimo do jardim,
O símbolo mais perfeito da inocência,
Faz sempre renascer dentro de mim
As saudades da meiga adolescência.
Enamoro-me dela irreverente,
Chegando ao ponto de sentir ciúme
E quando alguém contempla a flor pendente,
Temo que furte o seu subtil perfume.
Colhi-a, certa vez; porém murchou,
Enegrecida dos beijos que lhe dei,
Reconheci o que de fato sou,
O muito que no mundo já pequei.
Por uma inspiração talvez divina,
Levei à Igreja a flor emurchecida
A Angélica tão frágil e pequenina,
Aos pés do santo recobrou a vida.
Escrito por Leandro Pimenta Lyra
em outubro de 1945.
Reconheci o que de fato sou,
O muito que no mundo já pequei.
Por uma inspiração talvez divina,
Levei à Igreja a flor emurchecida
A Angélica tão frágil e pequenina,
Aos pés do santo recobrou a vida.
Escrito por Leandro Pimenta Lyra
em outubro de 1945.
Leandro Pimenta Lyra é meu avô paterno.
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