Ao qualificar Dilma Rousseff como despreparada para exercer a presidência da República, mesmo tendo sido ela ex-secretária de Estado por duas vezes e ex-ministra de Estado bem-sucedida e bem-avaliada por oito longos anos de um governo que está chegando ao fim com 80% de aprovação nacional, o presidenciável José Serra dá uma demonstração inequívoca de que se acha imortal. Ao aceitar como vice um ex-vereador do Rio de Janeiro, cuja experiência administrativa foi somente de subprefeito de algum pedaço da capital carioca no governo César Maia, que terminou com 21% de aprovação, uma das mais baixas da história deste País, vê-se que Serra tem certeza de que não vai morrer nos próximos quatro anos. Pois, se Dilma Rousseff com oito anos de experiência de gestão federal bem-sucedida não é preparada para ser presidente, imagine-se o ridículo Índio da Costa. Já pensou se Serra, na difícil hipótese de ser eleito, vier a falecer no exercício do mandato presidencial como Vargas, ou antes da posse, como Tancredo, ou ser impedido de governar, como Collor, ou, até, renunciar como Jânio? Alguém, inclusive Serra e o DEM, já parou para pensar na possibilidade de Índio da Costa vir a assumir a Presidência da República do Brasil?
Jornal de Fato: Crispiniano Neto.
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