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segunda-feira, 26 de abril de 2010

POSTE DE ILUMINAÇÃO


Invento pioneiro, do cearense Fernando Alves Ximenes



Não há limites para o fortalezense Fernando Alves Ximenes, pioneiro na construção de postes eólicos para iluminação pública no mundo. Agora, ele resolveu inventar o primeiro poste híbrido que se tem notícia. O equipamento, que gera energia a partir da iluminação solar e velocidade dos ventos, já está em pleno funcionamento no Palácio Iracema, em caráter experimental.

"O governador está apoiando o projeto e já sinalizou a utilização nos empreendimentos do Estado. Já foram feitos todos os testes e o poste está pronto para viabilizar a iluminação de rodovias, praças e estádios de futebol", comemora Ximenes, dono da Gram Eollic, empresa fabricante da invenção no Ceará.

Na extremidade do poste de 12 metros, foi colocado um avião feito com o mesmo material das aeronaves comerciais, composto por células solares de silício (para captar a luz do Sol) e hélice eólica frontal. "O avião é uma peça-chave devido à aerodinâmica. Ele gira 360 graus de acordo com a direção do vento. Ambas as energias renováveis são somadas e transmitidas para a bateria suspensa, que tem capacidade de armazenamento de 70 horas - o mesmo que sete noites, pois há um sensor desenvolvido pela nossa equipe para evitar que a lâmpada seja acionada durante o dia", afirma o inventor, que também é engenheiro mecânico. Ele garante que as vantagens sobre os postes convencionais não se limitam apenas ao aspecto ambiental, apesar do custos de implantação serem similares. "A durabilidade do equipamento é de 20 anos e a vida útil das lâmpadas Leds, utilizadas no invento, são 50 vezes maiores do que as tradicionais. Além disso, um único poste híbrido pode iluminar oito vezes mais do que os demais, sendo que a energia armazenada nele serve para mais dois outros postes", justifica.

Conforme o cearense, as energias renováveis apresentam outra vantagem. "Só em janeiro, a alta na demanda nacional foi de 13%. O sistema nacional de energia está no limite. A instalação das energias renováveis absorveriam 4% de tudo que é consumido no País e, no caso de apagão, não há interferência, pois os postes são independentes", afirma Ximenes.

Fonte: DN

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