A estridente campanha da mídia em torno desses supostos dossiês só pode ter um sentido: o de criar fatos para justificar medidas judiciais contra a quase provável eleição de Dilma Rousseff. Isto é, na iminência de perder nas urnas, no voto popular, a direita parece articular-se para disputar nos tribunais, alegando um crime eleitoral cuja prova seria justamente o dossiê formado pela bisbilhotagem que ela alardeia pela mídia.
Essa atitude tem um nome: golpe. No passado, a direita colocou na rua a classe média conservadora e teve o apoio de chefes militares anticomunistas para afastar do poder políticos que não rezavam por sua cartilha, mas representavam avanços democráticos e sociais como Getúlio Vargas e João Goulart.
Hoje, essa direita golpista já não tem apoio popular (que fim levou o “Cansei”, de 2007?). Com e com os oficiais da ativa das Forças Armadas voltados para seus deveres profissionais e constitucionais, o que resta à direita é um conluio entre retrógrados anciãos do neoliberalismo e o jornalismo decadente da imprensa do grande capital.
Contra a direita, a nação coloca-se quase unânime, como indicam os 96% de aprovação ao governo Lula (soma dos que, nas pesquisas de opinião, consideram seu governo ótimo, bom ou regular). A palavra golpe precisa ser banida do dicionário político brasileiro. O povo não aceita mais saídas à margem da lei e contrárias à soberania popular manifestada nas urnas. Nem a normalidade democrática acolhe aventuras dessa natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário