SÓ GOZO COM QUEM DÁ

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PIMENTA


... É REFRESCO

Alguém ainda não conseguiu descobrir quando, nem onde começou a pratica do “minuto de silencio” com que o futebol homenageia seus mortos. Porem trata-se de um costume que não se estende a outros esportes. Ninguem se recordo de ter visto nadadores em minutos de silencio na borda das piscinas nem de atletas erguendo-se em suas marcas nas pistas de corrida. Por que apenas o futebol? Quem souber, informe, por favor.

 O que  causa estranheza é que na maioria das vezes ninguém no estádio sabe o nome do falecido. Num jogo qualquer o juiz determinou o minuto de silencio. Imediatamente repórteres, locutores e torcedores se entreolharam perguntando: “Quem morreu?” Foi um custo para identificar o morto. O locutor não sabia, o comentarista muito menos e o repórter no gramado teve que se virar para buscar a informação. Mais de um minuto depois o locutor esclareceu que o finado era um dirigente da Federação de Futebol .O nome? Bem, aí foi preciso aguardar mais um pouco porque ninguém em Natal sabia o nome do indigitado. Provavelmente nem o juiz.
Os alto-falantes dos estádios não tem por hábito anunciar a identidade do desventurado o que – a nosso ver – torna a reverencia sem sentido. Supõe- se que o minuto de silencio exista para que os presentes no estádio se conectem com a figura do extinto desejando-lhe um bom descanso no Reino dos Céus. Se ignoram quem seja o cidadão em pauta , o tal minuto servirá , quando muito, para que atletas e torcedores rezem pela vitória de seu time. Deveria ser obrigatório o anuncio do nome e cargo do responsável por calar o estádio nesta sexagésima parte da hora. Mesmo que torcedores indiferentes aproveitem o tempo para enviar mensagens a namorada , pensar em como pagar suas dividas ou consultar o celular (76% dos torcedores fazem isso durante os sessenta segundos de silencio).
Sem desprezo pela justa homenagem , Aproveitado o ensejo vai a sujestão para que se institua também o “minuto do barulho”. O juiz solicitaria um minuto de barulho sempre que houvesse uma boa razão para saudarmos a vida (em todas as dimensões). Veja se não seria de arrepiar se antes do jogo ABC e America o estádio fizesse um minuto de barulho para comemorar, enfim, o pagamento do que merecem os professores e os policiais? Tenho certeza de que de a Arquibancada viria abaixo! Depois de ver tanta luta só  cabe acrescentar que “Pimenta no processo do próprio é refresco”.

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